A Europa assegurou hoje um inédito terceiro título consecutivo no Mundial de futebol, com a vitória da Alemanha sobre a Argentina por 1-0, após prolongamento, na final, passando a vantagem sobre a América do Sul para 11-9.
Depois do “tetra” da Itália, em 2006, e da primeira vez da Espanha, em 2010, o pentacampeão Brasil, em “estado de choque” após o 1-7 com a Alemanha e o 0-3 com a Holanda, assistiu ao “tetra” dos alemães.
A formação de Joachim Löw somou o 11.º título para a Europa, que passa a comandar, pela primeira vez, por dois cetros de vantagem, isto quatro anos depois de conseguir a primeira liderança, com 10-9, desde a longínqua edição de 1954.
A Europa liderou uma primeira vez em 1938, com o “bis” da Itália (1934 e 38), após o triunfo inaugural do Uruguai (1930), e depois em 1954, com a vitória da RFA, em resposta ao “bis” da seleção “celeste” (1950).
O continente europeu só voltou a assumir o comando isolado 60 anos depois, em 2010, após os seus representantes somarem novamente dois títulos consecutivos.
Após o 9-8 favorável à América do Sul, o “penta” do Brasil, em 2002, na primeira edição em “campo neutro”, a Europa venceu em 2006, por intermédio da Itália, e voltou ao comando das operações em 2010, com o triunfo da Espanha, na África do Sul.
Agora, no Brasil, os europeus espetaram a primeira “lança” na América e aumentaram a vantagem, sendo que a próxima edição está marcada para o “velho continente”, mais precisamente para a Rússia, palco do 21.º Mundial, em 2018.
O Mundial começou em 1930, no Uruguai, e como uma vitória dos anfitriões, seguindo-se dois triunfos da Itália, o primeiro em casa e o segundo na “vizinha” França.
Após a II Guerra Mundial, o Brasil foi o organizador em 1950, mas foi o Uruguai a “bisar”, precisamente na segunda participação, após as ausências de 1934 e 1938.
A Europa voltou ao comando com a vitória da RFA em 1954, mas, vingando o “Maracanazo”, os “canarinhos” responderam com dois triunfos consecutivos (1958 e 1962) e voltaram a adiantar a América do Sul.
Depois, começou a alternância, com o único cetro da Inglaterra (1966), o “tri” do Brasil (1970), que valeu a Taça Jules Rimet, o “bis” da RFA (1974), a primeira vez da Argentina (1978) e o “tri” da Itália (1982).
Em 1986, Maradona escreveu o “bis” da Argentina, antes do “tri” da RFA (1990), do “tetra” dos brasileiros (1994), da estreia gaulesa (1998), e do “penta” dos “canarinhos”, liderados por Scolari (2002), que colocaram a América do Sul a vencer por 9-8.
Nas três últimas provas, o “velho continente” somou outros tantos triunfos e virou para 11-9, com o “tetra” dos italianos (2006), a estreia espanhola (2010) e o “tetra” dos alemães (2014).
Comentários