Stephen Eustaquio esteve em direto na Binance Football Fever onde falou da participação do Canadá no Mundial2022. O médio do FC Porto falou da sua participação na prova pela seleção canadiana, escolheu o momento mais marcante e ainda a equipa que acha que vai vencer a prova no dia 19 de dezembro.
Estreia num Mundial: "Um sentimento difícil de explicar. Todos os olhos estão postos naquela competição. É preciso trabalhar muito para estar lá e é uma sensação incrível. Envolve um bom ambiente, está tudo virado para o Mundial. Tenho poucos jogos na Champions, mas cada jogo parece uma meia-final ou final da Champions. Uma experiência incrível."
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Como reagiu quando foi chamado? "A minha reação foi um bocado diferente, tranquila. Já vou à seleção há mais de três anos. O meu medo era se não chegava lá saudável, que acontecesse alguma coisa nesse período. O meu irmão viveu mais a situação do que eu. Levei as coisas de forma mais natural. Os meus amigos e família estavam a sempre a perguntar-me: 'Já acreditas que vai jogar o Mundial?'"
Qual foi o omento mais marcante? "Foi nós, uma equipa que trabalhou junta durante quatro anos, estar no Mundial. Trabalhámos mesmo a fundo, começámos a qualificação na primeira etapa. Deu-me gosto estar no Mundial com aquele núcleo de jogadores, mas também de amigos. Temos o jogo da Bélgica, número dois do mundo, Carrasco, Witsel, Hazard, De Bruyne, autênticos craques, mas não ganhámos por azar. Fomos melhores. Modric, Brozovic, Kovacic na Croácia... Vou escolher o primeiro golo no Mundial. Há muito trabalho atrás daquele golo."
Sentiu alguma diferença em relação ao calor? "Não, as temperaturas estavam muito altas, mas na Jamaica e México apanhamos esse tipo de temperaturas. Foi m torneio muito bem organizado, nunca nos faltou nada. As relvas estavam incríveis, o nosso centro de treinos, havia condições para tudo. Sempre fomos muito bem tratados."
Que seleção mais o surpreendeu? "Marrocos surpreendeu toda a gente mas se tivesse de escolher outra, seria a Croácia. Toda a gente dizia que era uma seleção velha, que as fichas tinham acabado, mas está tudo em aberto para chegarem a outra final [depois de 2018, na Rússia]. Joguei contra eles e deram cabo de nós. É uma aprendizagem. Escolhia a Croácia pela experiência que tem, um país com três/quatro milhões de habitantes."
Jogadores que o surpreendeu: "Vou escolher três. O número oito de Marrocos [Ounahi], não quero pronunciar o nome, porque posso cometer uma gafe, mas tem sido incrível. Atrás dele, o médio defensivo que joga na Fiorentina [Amrabat], muito bom jogador. Escolhia também o Gvardiol, central da Croácia. É um torneio único. Não conhecemos certos jogadores e chegam ao Mundial com a motivação certa. Fico feliz por eles e outros tantos."
Mundial2026, no Canadá, EUA e México: "O Canadá é conhecido mais pelo basquetebol e hóquei no gelo. Há coisa de quatro/seis anos andamos a trabalhar para que as pessoas olhem para o Canadá como uma nação que sabe jogar futebol. Ainda não estamos nesse patamar, muita coisa ainda tem de mudar, mas já estamos a mudar isso. Mesmo os miúdos já olham para Alphonso Davies e outros. Acho que vamos melhorar muito. No bolso já temos a experiência deste Mundial. Tínhamos muito pouca experiência e daqui a quatro anos teremos mais e são pormenores que contam. Os miúdos têm uma oportunidade grande de serem uma estrela no país, antes iam logo para o basquetebol ou hóquei no gelo. Os nossos adeptos vão estar lá em peso e estamos prontos."
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