A FIFA afirmou esta segunda-feira estar em contacto permanente com a organização do Mundial Qatar2022, depois de um grupo de países cortarem relações diplomáticas com o país.
O organismo, presidido por Gianni Infantino, não fez mais comentários sobre o assunto, horas depois do corte de relações da Arábia Saudita, Egipto, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Líbia e Iémen com o Qatar.
Este grupo de países acusou o Qatar de apoiar organizações terroristas como a Irmandade Muçulmana, o Estado Islâmico e a Al Qaeda, e de violar os compromissos e acordos internacionais.
Em resposta, o Qatar afirmou ser “um membro ativo” do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), composto pelo Kuwait, Qatar, Omã, Bahrein e Arábia Saudita, e que está “comprometido com os seus acordos, respeita a soberania de outros países e não intervém em assuntos internos”.
Em dezembro fará sete anos que o Qatar foi eleito pelo Comité Executivo da FIFA para organizar o Mundial de 2022, tendo ganho à Austrália, Estados Unidos e Coreia do Sul.
A vitória do projeto apresentado pelo Qatar, que aconteceu na mesma reunião em que a Rússia foi escolhida para o Mundial de 2018, gerou várias controvérsias, incluindo uma denúncia por irregularidades na votação, quatro anos depois da mesma.
Esta denúncia está na origem de vários casos de corrupção que começaram a ser públicos em 2015, depois de uma investigação iniciada pelos Estados Unidos e que levou a julgamento vários ex-diretores e colaboradores da FIFA, acusados de fazer e aceitar subornos, entre outros crimes.
Contudo, independentemente das eleições, o Qatar2022 também tem sido questionado por outros motivos, tais como as condições dos trabalhadores imigrantes empregados na construção de estádios.
Depois do governo do Qatar anunciar a mudança na legislação para alcançar o bem dos trabalhadores, a FIFA expressou satisfação nas discussões sobre as condições de trabalho nos recintos desportivos.
Comentários