O governo grego confirmou hoje haver conversações com as autoridades da Arábia Saudita e Egito para estudar a apresentação de uma candidatura conjunta à organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2030.

“Ainda estamos nas primeiras etapas de exploração das possibilidades para uma candidatura”, assumiu o vice-ministro para a cultura e desporto, Lefteris Avgenakis, na sua conta no Twitter.

Este comentário surge na sequência de uma reportagem publicada no portal Politico, segundo a qual a Arábia Saudita ter-se-á oferecido para financiar a construção de novos estádios na Grécia e Egito, que perdeu nas cinco ocasiões em que tentou promover o evento. Em troca, entre outras coisas, os sauditas receberiam 75% dos desafios no seu solo.

O governante diz que o artigo tem várias “imprecisões”, embora não especifique quais.

Segundo o Político, a primeira abordagem terá sido feita pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammad Bin Salmán, ao primeiro ministro grego, o conservador Kyriakos Mitsotakis, durante a visita deste a Riade no verão de 2022.

O Campeonato do Mundo de futebol nunca foi disputado, em simultâneo, em mais do que um continente, sendo que, em 2026, haverá um recorde de três países organizadores, nomeadamente Estados Unidos, Canadá e México.

A possível candidatura tripartida ao Mundial20230 tem o aliciante de juntar Europa, Ásia e África no mesmo projeto, que teria a concorrência da parceria entre Portugal, Espanha e Ucrânia, apoiada pela UEFA como exemplo de paz e tolerância.

Há ainda uma candidatura sul-americana que engloba a Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, que há 100 anos organizou o primeiro evento, havendo ainda a hipótese de se vir a juntar a Bolívia.

Em 2019, o presidente da Colômbia prometeu juntar-se a Peru e Equador numa via alternativa, que não chegou a ser formalizada.

A decisão quanto ao organizador do Mundial de 2030 vai ser tomada em assembleia geral da FIFA a realizar em 2024, num congresso com 211 associações de futebol.