Hassan Nader é um dos marroquinos mais conhecidos de Portugal, ou não fosse ele o melhor marcador africano de sempre da Primeira Liga de futebol. O avançado fez carreira em Portugal onde se tornou numa das lendas do Farense. Pelo meio conta com um passagem pelo Benfica onde venceu uma Taça de Portugal.
No sábado, Hassan terá o coração dividido entre o país onde nasceu e o país que lhe acolheu e onde viu nascer os filhos. Para o duelo entre Portugal e Marrocos, dos quartos de final do Mundial, o antigo avançado alerta para o perigo que constitui o ataque dos magrebinos.
Tudo sobre o Mundial2022: jogos, notícias, reportagens, curiosidades, fotos e vídeos
"Marrocos fechou todas as linhas de passe no último jogo e a Espanha apenas teve uma ou duas oportunidades de golo e muitas dificuldades em passar aquele bloco defensivo. Acho que vai ser a mesma coisa com Portugal. Marrocos vai jogar em bloco para depois tentar surpreender a defesa contrária. Falo sobretudo dos centrais, pois estão um pouco lentos, podendo aproveitar aí a velocidade de Sofiane Boufal, tecnicamente muito forte, Youssef En-Nesyri e Hakim Ziyech", disse à agência Lusa, ele que representou Marrocos no Mundial1994, onde marcou na derrota dos africanos diante da Holanda, na fase de grupos.
No entanto, admite que a que a questão física pode fazer estragos na seleção marroquina, que precisou do prolongamento e das grandes penalidades para afastar Espanha nos oitavos de final.
"Há um grande esforço e jogar um prolongamento gera desgaste físico. Alguns jogadores saíram lesionados, mas há quatro dias para recuperar uma equipa em que jogam quase sempre os mesmos. A defesa sofreu muito contra a Espanha, tal como o trinco Sofyan Amrabat, que foi um guerreiro em campo. O ataque também teve muito trabalho, porque tinha primeiramente de defender e, depois, transitar quando recuperasse a bola", explicou.
O Portugal-Marrocos, dos quartos de final do Mundial2022, está marcado para às 15h00 de sábado.
O SAPO está a acompanhar o Mundial mas não esquece as vidas perdidas no Qatar. Apoiamos a campanha da Amnistia Internacional e do MEO pelos direitos humanos. Junte-se também a esta causa.
Comentários