Durante a segunda parte do Portugal-Uruguai, o jogo foi interrompido por breves instantes devido à invasão de campo de Mario Ferri, de 35 anos. O italiano levou consigo uma bandeira LGBTQIA+, assim como mensagens de apoio à Ucrânia e às mulheres do Irão.

Ferri acabou por ser capturado, tendo sido libertado horas depois após ter assinado um termo onde indicava que não repetiria este ato.

Pouco depois o italiano foi visto a circular pelas ruas de Lusail e, ao falar com a 'Globoesporte', referiu que foi bem tratado pela polícia local, e que até teve uma troca de palavras com o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

"Escolhi o melhor cenário para transmitir as mensagens. Quando me prenderam, o Infantino (presidente da FIFA) desceu e perguntou "Porquê? Porquê? Porquê?". Ele lembrava-se de mim dos outros Mundiais. Eu disse: porque jogamos ao polícia e ladrão. Eu contra 5 mil", afirmou Ferri.

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Mario Ferri, também conhecido por 'Falcão', disse que tem bilhete para os jogos Irão-Estados Unidos, desta terça-feira, e Brasil x Camarões de quinta-feira. Todavia, o italiano diz que não vai voltar a invadir o relvado.

"Assinei uma declaração para que eu não voltasse a fazer isso. Mas eles deixaram-me ver as partidas. Eu pedi: "Posso ver as partidas?". Disseram: "Sim, você é bem-vindo. Pode permanecer no Qatar." Entenderam bem a mensagem", disse Ferri.

Esta foi a 11ª invasão de campo feita por Mario Ferri, mas apenas a terceira vez que o faz no Campeonato do Mundo.

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