Portugal pode ter apenas a 10.ª liga mais representada no Mundial2022 de futebol, com 19 jogadores, mas mais de três dezenas de ‘caras conhecidas’ vão estar no Qatar, algumas com sucesso na I Liga, outras nem tanto.

Ao todo, tirando, claro, os jogadores de nacionalidade lusa, são 37 os futebolistas, divididos por 15 seleções, que durante a sua carreira passaram pelos clubes lusos, com o Brasil e Sérvia a serem as nações mais ‘reconhecidas’ dos adeptos nacionais.

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Com nove, ou seja, pouco mais de um terço da lista de convocados, o Brasil é a seleção com mais jogadores com experiência no futebol português, todos em início de carreira e ‘usando’ a I Liga para, mais tarde, chegar a um dos campeonatos dos chamados ‘big 5’.

Danilo (Juventus), Casemiro (Manchester United), Alex Sandro (Juventus), Éder Militão (Real Madrid) e Alex Telles (Sevilha) têm todos em comum a passagem pelo FC Porto antes de rumar a outros campeonatos, assim como Thiago Silva, embora o capitão da seleção ‘canarinha’, agora com 38 anos e a defender as cores do Chelsea, não tenha chegado à equipa principal dos ‘dragões’.

O mesmo aconteceu com o guarda-redes Ederson (Manchester City), que chegou a ser dono da baliza do Benfica (e que também defendeu as redes do Rio Ave) e Raphinha (FC Barcelona), que deu nas vistas no Vitória de Guimarães, passando depois pelo Sporting.

Fabinho, do Liverpool, esteve durante vários anos ligado ao Rio Ave, mas nunca representou a formação de Vila do Conde, somando empréstimos a emblemas com dimensões maiores.

O número de jogadores brasileiros em Portugal pode ser explicado pelas razões culturais e do idioma, mas mais difícil é encontrar justificação para a Sérvia, país dos Balcãs, ter seis futebolistas com ligações ao futebol luso neste Mundial.

Na realidade, nenhum dos seis jogadores que vão estar no Qatar teve uma passagem muito feliz pelo futebol nacional, acabando todos por seguir o seu caminho sem deixar grande saudade.

Talvez, Zivkovic, agora no PAOK Salonica, até tenha mostrado o seu talento no Benfica, mas, no clube da Luz, Radonjic, Stefan Mitrovic, Djuricic e Jovic são nomes que praticamente já ‘desapareceram’ da memória ‘encarnada’.

Gudelj, agora no Sevilha, teve um ano emprestado ao Sporting e conquistou mesmo uma Taça de Portugal e uma Taça da Liga, mas também falhou na tentativa de conquistar os adeptos ‘leoninos’.

Já no México, o médio Héctor Herrera, agora na MLS (Liga dos Estados Unidos), chegou a ser ‘capitão’ do FC Porto e o avançado Raúl Jiménez foi ‘suplente de ouro’ do Benfica em ano de título, antes de rumar a Inglaterra (Wolverhampton).

Ainda com nacionalidade argentina (só anos mais tarde ficou disponível para representar o México), o avançado Funes Mori passou pelo Benfica, mas acabou por fazer mais jogos pela equipa B do que pela principal.

Igualmente com alguma ligação com o futebol luso, o Equador leva Plata (Sporting) e Poroso (Boavista) ao Mundial2022, assim como Aytor Preciado, que passou pela II Liga.

Acunã (Sporting) e Di María (Benfica), na Argentina, Bryan Ruiz e Joel Campbell, ambos Sporting e da Costa Rica, e os guarda-redes iranianos Alireza (Boavista) e Amir (Marítimo) têm igualmente experiência portuguesa, assim como Vertonghen e Witsel na Bélgica, dois antigos jogadores do Benfica.

Darwin Núñes, uruguaio melhor marcador da última temporada pelo Benfica, Eric Dier, inglês formado no Sporting, Pablo Sarabia, espanhol que esteve emprestado em Alvalade na época passada, e o camaronês Aboubakar, que chegou a liderar o ataque do FC Porto, são nomes que deixaram marca na I Liga, enquanto outros tiveram passagens quase indetetáveis.

Loum, do Senegal, foi pouco utilizado no FC Porto, e o dinamarquês Daniel Wass esteve ligado ao Benfica, mas nunca conseguiu alcançar o estatuto de jogador da equipa principal.

No outro lado do mundo, a Austrália vai contar com Awer Mabil, extremo que defendeu as cores do Paços de Ferreira, enquanto o Japão escolheu Daizen Maeda como opção para o ataque, jogador agora no Celtic, mas que viveu um ano na Madeira para representar o Marítimo.

O Mundial2022 arranca a 20 de novembro e termina em 18 de dezembro, no Qatar.

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