As autoridades policiais portuguesas que acompanham o Mundial2018 de futebol fazem um “balanço positivo” da atuação dos até agora poucos adeptos lusos na Rússia, confiando ter mais trabalho na fase a eliminar.
“Estivemos em Sochi com 1.500 adeptos e em Moscovo 1.200 a 1.500. Tudo a correr bem. Não têm acontecido incidentes de maior, apenas algumas situações relatadas de pequenos incidentes”, disse à agência Lusa o superintendente da PSP Luís Elias.
O chefe da delegação policial portuguesa no Mundial, composta por cinco elementos, dois no centro de comando e três a acompanhar as movimentações dos compatriotas em torno da seleção, refere-se a extravio da folha de emigração, perda de passaporte e uma pequena desordem em Sochi de adepto alcoolizado.
O trio da PSP, acompanhado de agentes russos, desloca-se para todos os destinos onde Portugal joga, andando pela ‘fan zone’, pelo centro das cidades e nas imediações e interior dos estádios, atuando ainda no aeroporto quando há voos identificados, como os charter, a chegar.
“Estamos acompanhados pelos colegas da polícia russa. Viemos cá para os ajudar. A intenção é prestarmos conselhos, fazer a ligação com os cidadãos portugueses e esclarecer pequenas dúvidas. Trocar informação sobre eventuais elementos de risco que se desloquem à Rússia. Esta ligação está a correr muito bem”, sublinha.
Se até agora o número de cidadãos lusos, a viajar expressamente de Portugal, rondou os 1.500 no empate 3-3 com a Espanha em Sochi e no triunfo 1-0 sobre Marrocos em Moscovo, o responsável policial acredita que o trabalho vai aumentar caso se confirme a passagem aos oitavos de final.
“À medida que Portugal avançar na competição, vamos ter ainda mais adeptos, o entusiasmo vai aumentando. É natural que nas eliminatórias haja muitos mais”, assumiu.
Aos que estão na Rússia e aos que virão, os conselhos habituais: andarem sempre munidos de passaporte e folha de emigração, evitar grandes concentrações de fãs mais efusivos ou alcoolizados, dispensarem disputas de rivalidades e terem cuidado com pertences, evitar objetos de valor à vista.
“Até ao momento, os adeptos portugueses, em geral, têm cumprido com estas regras. Vêm para se divertir e as coisas têm corrido muito bem”, congratulou-se.
Luís Elias assume que este acompanhamento não tem facilitado a observação dos jogos – “apenas pelo canto do olho” –, mas revela que, “fora do período de trabalho”, tem dado para celebrar os resultados.
Portugal lidera o grupo B com os mesmos quatro pontos da Espanha, enquanto o Irão de Carlos Queiroz, adversário luso na segunda-feira, em Saransk, tem três e Marrocos, já afastado, ainda não pontuou.
“Celebramos depois do jogo. Fazemos todos os possíveis para não o fazer antes, estamos a trabalhar. Posteriormente, com a situação calma, vamos celebrar. Há quase um cerrar de punhos (nos golos), porém fazemos todos os possíveis para que isso não aconteça”, frisou.
Tal como toda a equipa da PSP, espera que a sua missão na Rússia termine após o 15 de julho, dia da final do Mundial2018.
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