A segurança de adeptos e futebolistas da comunidade LGBTQ+ durante o Mundial2022 no Qatar ainda não está garantida, disse hoje a presidente da Federação Norueguesa de Futebol, Lise Klaveness.
Klaveness, que já tinha feito este alerta em março, no Congresso FIFA, voltou hoje a tocar no assunto numa entrevista com a agência noticiosa alemã SID, na qual destacou a forma como “o estilo de vida LGBTQ+ se encontra banido no Qatar”.
“O futebol tem de garantir que todos os adeptos e jogadores terão acesso seguro ao torneio. De momento, não é o caso. Começaram a vender bilhetes, mas as proibições [sobre a comunidade] mantêm-se, por isso o futebol tem de garantir que essas leis são suspensas durante o campeonato do mundo [18 de novembro a 21 de dezembro]”, destacou.
Para a antiga futebolista, que assumiu a homossexualidade, é uma questão de um adepto ou jogador saber “que pode ir ao Qatar tendo a certeza de não ser encarcerado por algo que é um direito”.
A organização do Mundial2022, sob fogo devido a desrespeito pelos direitos humanos na construção de infraestruturas e outros preparativos para o torneio, com várias mortes registadas de trabalhadores migrantes, tem negado repetidamente qualquer discriminação com base na orientação sexual.
A homossexualidade é crime naquele país, o que contrasta com a declaração do diretor-executivo do Mundial2022, Nasser Al-Khater, que disse que “todos são bem-vindos” àquele território, considerando as críticas “injustas”.
Portugal estará entre as 32 seleções presentes na competição, no que será o primeiro Mundial num país árabe, e, na fase de grupos, defrontará Uruguai, Gana e Coreia do Sul.
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