Wesley Sneijder foi o motor de uma Laranja Mecânica (quase) irrepreensível e o melhor marcador dos holandeses. O pé quente do número 10 surgiu logo no encontro com o Japão, onde apontou o golo da vitória, e mais um frente à Eslováquia, em jogos da fase de Grupos. Frente ao Brasil, nos quartos-de-final, fez os dois golos da vitória e voltaria a marcar mais um frente ao Uruguai. Na final, fechou a contagem em cinco, os mesmos de Villa, Fórlan e Müller, que com mais assistências para golo, arrebatou o título de melhor marcador.

"Até hoje não entendo por que o Real Madrid deixou que ele partisse. Às vezes os clubes seguem uma lógica difícil de compreender. Hoje, tornou-se um elemento-chave da nossa equipe”. A frase é de José Mourinho, que não hesitou em ir buscar Sneijder, colocado de lado pelos merengues, que pagaram por ele 27 milhões ao Ajax, e o fez renascer para o futebol., depois de uma grave lesão que o afastou por três meses dos relvados. Com Il Speciale, Sneijder fez o triplete: Liga italiana, taça de Itália e Liga dos Campeões.

O número 10 estreou-se com as cores da camisola laranja, na selecção principal, a 30 de Abril de 2003, contra Portugal, tornando-se o oitavo jogador mais jovem a integrar a equipa principal holandesa.

Nesta campanha para o Mundial, em que a Holanda saiu 100 por cento vitoriosa, Sneijder apenas alinhou em cinco jogos, mas Bert van Marwijk não teve dúvidas em dar-lhe a titularidade quando o jogo começou a ser “a sério”.

Habilidoso com os dois pés, Wesley Sneijder tem uma qualidade de passe de excelência, com poucos jogadores na Europa ao seu nível. Além disso, é exímio na cobrança de livres e cantos, tanto na assistência como a finalizar.

No segundo campeonato do Mundo da sua carreira (em 2006 a Holanda foi arredada nos quartos por Portugal, com um golo de Maniche, e ainda viu um dos 16 amarelos mostrados nesse jogo), Wesley Sneijder mostrou todo o seu potencial e que é um dos melhores jogadores da actualidade.