A polícia brasileira prendeu esta tarde no luxuoso hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, o inglês Raymond Whelan, diretor executivo da empresa Match, acusado de chefiar a máfia de venda ilegal de bilhetes para o Mundial de futebol.
Whelan, embora não seja um funcionário direto da FIFA, trabalha para esta entidade, já que a Match é a única representante autorizada pela federação a vender camarotes e pacotes VIP (incluíndo alojamento) para jogos no Mundial.
O britânico foi preso sob a suspeita de passar esses bilhetes de acesso aos estádios a cambistas que os vendiam a preços muito maiores que o estipulado, com lucros exorbitantes, que podiam chegar a 1000%.
A polícia brasileira chegou ao seu nome depois de várias escutas telefónicas autorizadas pela justiça e com a ajuda de um dos envolvidos nas operações ilegais, que foi detido na semana passada.
No dia 1 de julho, a polícia brasileira prendeu onze pessoas envolvidas na mesma organização criminosa, entre eles o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, até então tido como um dos chefes do grupo.
Segundo as investigações da polícia brasileira, os criminosos chegavam a lucrar cerca de 1 milhão de reais (330 mil euros) por jogo.
Na primeira fase da operação, há uma semana, além dos detidos foram apreendidos ainda 100 bilhetes de acesso, documentos, computadores e 10 mil reais (3,3 mil euros) e celulares.
Os envolvidos irão responder pelos crimes de branqueamento de capitais, associação criminosa e 'cambismo' (venda ilegal de ingressos).
O inglês foi levado do hotel pela porta dos fundos e encaminhado à 18.ª delegacia de polícia do Rio de Janeiro, na Praça da Bandeira.
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