Portugal venceu apenas um de três embates nos ‘oitavos’ do Mundial, fase que vai disputar pela quarta vez e não existia em 1966, edição em que se ‘saltava’ da fase de grupos para os ‘quartos’.
A formação das ‘quinas’ superou esta fase na primeira vez que a jogou, em 2006, ao bater os Países Baixos por 1-0, mas, depois, caiu em 2010, perante a Espanha (0-1), que acabou campeã, e na última edição, em 2018, batida pelo Uruguai (1-2).
Na estreia, em 1966, os ‘magriços’ venceram o primeiro encontro a eliminar, mas já dos quartos de final, o célebre duelo com a Coreia do Norte, que Portugal venceu por 5-3, com um ‘póquer’ de Eusébio, em resposta ao 3-0 dos asiáticos, em 25 minutos.
Em 1986, no México, em 2002, na Coreia do Sul, que organizou o torneio juntamente com o Japão, e em 2014, no Brasil, os lusos ficaram-se pela fase de grupos.
Portugal atingiu pela primeira vez os ‘oitavos’ em 2006, superando os Países Baixos por 1-0, com um belo golo de Maniche dentro da área, mas o duelo em Nuremberga foi uma verdadeira 'batalha', já que ficou marcado por quatro expulsões, duas para cada lado, além de 16 amarelos, no que é ainda jogo mais ‘indisciplinado’ da história dos Mundiais.
Depois de Maniche abrir o marcador à passagem do minuto 23, o médio Costinha recebeu o segundo cartão amarelo e consequente ordem de expulsão, deixando Portugal em inferioridade numérica em cima do intervalo.
No segundo tempo, o defesa Khalid Boulahrouz seguiu o mesmo caminho, aos 67 minutos, deixando tudo igual relativamente ao número de elementos, até Deco ser expulso na reta final, aos 78, ficando os lusos em apuros até bem perto do fim, quando Giovanni van Bronckhorst viu o árbitro russo Valentin Ivanov indicar-lhe o caminho dos balneários.
Desta forma, os lusos rumaram aos ‘quartos’ para se imporem perante a Inglaterra, nas grandes penalidades (3-1), depois de um ‘nulo (0-0), e conseguiram a proeza de constar entre as quatro melhores seleções, sendo depois eliminada nas meias-finais pela França (1-0) – o culpado foi Zinedine Zidane, que marcou de penálti -, e já não conseguiu arrecadar o bronze na discussão do terceiro lugar ante a organizadora Alemanha (3-1).
Na África do Sul, em 2010, apesar da goleada impressionante aplicada à Coreia do Norte (7-0), na fase de grupos, os lusos obtiveram dois empates sem golos, ante Costa do Marfim, a ‘abrir’, e Brasil, a ‘fechar’, para depois apanharem a Espanha, que ‘atirou’ Portugal para fora de ‘cena’, graças ao golo do retirado David Villa.
Na cidade do Cabo, o lance que resolveu o encontro foi construído pelo pé do médio Xavi, que tocou de forma subtil para Villa, que numa primeira instância viu Eduardo defender, atirando na recarga de pé direito para o fundo das ‘redes’, aos 63 minutos.
A um minuto dos 90, a equipa então comanda por Carlos Queiroz ainda viu o central Ricardo Costa receber ordem de expulsão.
Na Rússia, em 2018, os lusos ficaram atrás da Espanha, mas à frente de Irão e Marrocos no Grupo B, e seguiu-se o Uruguai, adversário já ultrapassado no Qatar2022, que ‘reinou’, na altura, nos oitavos de final, em Sochi, com um ‘bis’ de Cavani a revelar-se decisivo, com Pepe, pelo meio, a marcar para os lusos.
O ponta de lança uruguaio, que naquele ano representava os franceses do Paris Saint-Germain, viria a revelar-se a grande figura da partida, a começar com a boa combinação com Suárez, para cabecear com a ajuda do ombro e bater Rui Patrício, logo à passagem do minuto sete.
No segundo tempo, o central Pepe, de cabeça, saltou mais alto do que todos e deu o melhor seguimento ao cruzamento de Raphaël Guerreiro, aos 55 minutos, antes de Cavani finalizar uma transição com muita classe, rematando forte para o segundo tento, aos 62, ainda que Patrício estivesse, talvez, mal colocado.
Na presente edição, Portugal defrontará a Suíça nos ‘oitavos’ e, caso siga em frente, jogará com Espanha ou Marrocos nos ‘quartos’ e, provavelmente, França ou Inglaterra nas ‘meias’, ‘deixando’ Argentina ou Brasil para a final.
A equipa comandada por Fernando Santos, vencedora do Grupo H do Mundial2022 do Qatar, mesmo perdendo com a Coreia do Sul (1-2), ganhou o direito de disputar o seu primeiro jogo a eliminar esta terça-feira, pelas 19h00 (em Lisboa), em Lusail, frente aos helvéticos, naquele que será o primeiro entre ambos em fase finais do Campeonato do Mundo.
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