Mais de metade dos selecionadores que vão estar presentes no Qatar são estreantes em Mundiais, enquanto uma dezena de técnicos participaram como jogadores em edições anteriores da mais importante competição de futebol.

Dos 32 treinadores em ação no torneio, 19 vão sentar-se num banco ‘mundial’ pela primeira vez, sendo que os grupos D, E e G são os que integram mais estreantes, cada um com três.

Na ‘poule’ D, Jalel Kadri (Tunísia), Kasper Hjulmand (Dinamarca) e Graham Arnold (Austrália) vão participar pela primeira vez num Campeonato do Mundo, em contraste com Didier Deschamps, que conduziu a França ao título mundial em 2018, na Rússia, já depois de ter liderado os gauleses em 2014, no Brasil.

O colombiano Luis Fernando Suárez, que treina a Costa Rica e que já esteve ao comando de Equador (2006) e Honduras (2014), é o único repetente num Grupo E em que Hajime Moriyasu (Japão), Luis Enrique (Espanha) e Hans-Dieter Flick (Alemanha) farão a estreia, sendo que o germânico já esteve no banco nos mundiais de 2010 e 2014, mas como adjunto de Joachim Löw.

Na despedida do comando da seleção do Brasil, Tite será o único dos selecionadores do Grupo G que esteve num Mundial, em 2018, uma vez que Dragan Stojkovic (Sérvia), Murat Yakin (Suíça) e Rigobert Song (Camarões) surgem na fase final pela primeira vez.

O lote de estreantes fica completo com Félix Sánchez (Qatar), Gustavo Alfaro (Equador), Robert Page (País de Gales), Gregg Berhalter (Estados Unidos), Czeslaw Michniewicz (Polónia), Lionel Scaloni (Argentina), Hoalid Regragui (Marrocos), John Herdman (Canadá), Diego Alonso (Uruguai) e Otto Addo (Gana).

Por outro lado, há 14 repetentes, com um português à cabeça, já que Carlos Queiroz é o selecionador com mais presenças em mundiais entre os 32 que vão estar no Qatar, com o técnico luso, de 69 anos, a participar pela quarta vez, a terceira consecutiva ao comando do Irão, depois de 2014 e 2018, que se seguiram à edição de 2010, em que liderou Portugal.

Logo a seguir, surge o compatriota Fernando Santos, atual selecionador da equipa das ‘quinas’, que vai para a terceira presença: conduziu a Grécia no Brasil2014 e Portugal no Rússia2018, sendo eliminado nos oitavos de final em ambos.

Também a caminho da terceira participação surgem o campeão mundial em título, Didier Deschamps, líder da França em 2014 e 2018, e o colombiano Luis Fernando Suárez, que agora treina a Costa Rica, após as passagens por Equador (Alemanha2006) e Honduras (Brasil2014).

Há igualmente uma dezena de selecionadores que participou em edições anteriores, embora dentro das quatro linhas, com particular destaque para o camaronês Rigobert Song, que jogou nas competições de 1994, 1998, 2002 e 2010, e agora vai estrear-se como técnico, à frente dos ‘leões indomáveis’.

O também estreante Luis Enrique, selecionador de Espanha, esteve com ‘la roja’ nos Estados Unidos (1994), em França (1998) e na Coreia do Sul e Japão (2002), enquanto Gareth Southgate (Inglaterra), Gregg Berhalter (Estados Unidos) e Dragan Stojkovic (Sérvia) jogaram dois mundiais pelos respetivos países.

O inglês tem no ‘passaporte’ as competições de 1998 e 2002, o norte-americano jogou em 2002 e 2006, e o sérvio em 1990 e 1998, ambas ao serviço da antiga Jugoslávia.

O português Paulo Bento (treinador da Coreia do Sul), em 2002, Didider Deschamps (França), em 1998, Aliou Cissé (Senegal), em 2002, Lionel Scaloni (Argentina), em 2006, e Otto Addo (Gana), em 2006, jogaram um Mundial pelos seus países.

O Mundial2022 vai decorrer no Qatar, entre 20 de novembro e 18 de dezembro.