“Eles que falem de nós como se essa fosse a sua única razão de vida. Nós, garantidamente, continuaremos a não falar de ninguém” mesmo que “às vezes não seja fácil manter o silêncio”, disse Luís Filipe Vieira, num almoço que juntou mais de 150 pessoas num restaurante em Tomar.
O almoço seguiu-se à inauguração da imagem renovada da Casa do Benfica em Tomar, numa dinâmica que o presidente do Benfica assegurou estar a ocorrer em todo o país, num sinal de “vitalidade” que é também indicador do clima de “inconformismo” que se vive no clube.
Sublinhando que a força dos “encarnados” está nos sócios e adeptos, nos quais se inspirou quando agarrou no Benfica e o transformou “de clube em risco no maior clube do Mundo”, Luís Filipe Vieira afirmou que é esse o rumo que vai manter.
“Há quem queira empurrar o Benfica para um caminho que não queremos seguir. Podem desistir. Não nos vão desviar um milímetro do rumo que nos move”, afirmou.
Para Luís Filipe Vieira, os que falam em “guerra ou crispação” no futebol estão “enganados”, porque isso exige várias partes envolvidas “e se há um ano em que o Benfica se tem mantido em silêncio é este”.
“Façam essa justiça. Acreditem que às vezes não é fácil”, afirmou, num discurso em que não fez nenhuma alusão à polémica com o Sporting por causa dos bilhetes para o jogo das meias finais da Taça da Liga, terça feira, em Alvalade.
Afirmando a que a “onda vermelha tem que continuar a crescer”, porque a equipa precisa do apoio de uma massa associativa “que é a única que consegue encher estádios em todo o país”, Luís Filipe Vieira apelou à presença de 60.000 adeptos no jogo contra o Belenenses, no próximo dia 13, no Estádio da Luz, em Lisboa.
Depois dos discursos, um sócio, que disse ter em Vila Nova da Barquinha um museu dedicado ao clube, cantou a canção “Ele e Ela”, com que Madalena Iglésias venceu o Festival da Canção em 1966, com uma letra adaptada, de que aproveitou a estrofe “Sei quem ele é”, recheada de alusões ao presidente do FC Porto.
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