A 26 de novembro de 1992, o Manchester United pagava 1,2 milhões de libras (cerca de 1,4 milhões de euros) ao Leeds para contratar um jovem avançado, que um dia faria com que se ouvisse o impossível num estádio de futebol em Inglaterra: adeptos ingleses a cantar o hino nacional de França.
E como não há coincidências na história de vida dos predestinados, Eric Cantona, nascido em Marselha, atravessa o Canal da Mancha no início da década de noventa para jogar no Sheffield Wednesday, mas o seu temperamento intempestivo leva-o a abandonar o clube ao final de uma semana para jogar no Leeds, onde viria a conquistar o seu primeiro título de campeão inglês nessa temporada (1991/1992).
Na época seguinte, o Manchester United andava à procura de um avançado e o Leeds queria contratar um jogador aos "red devils". Alex Ferguson tinha Cantona debaixo de olho desde a temporada passada e depois de algumas contratações falhadas para a posição de avançado, os "red devil"s aproveitaram-se do interesse do Leeds em Denis Irwin para contratar Eric Cantona por 1,4 milhões de euros. O presidente do Leeds, Bill Fotherby, ainda tentou negociar a contratação de Denis Irwin, mas o emblema de Old Trafford recusou-se a negociar, considerando o lateral irlandês inegociável.
E como se costuma dizer: o resto é história. Eric Cantona entra como um autêntico furacão no Manchester United e ajuda o clube de Old Trafford a conquistar o seu primeiro título de campeão inglês ao fim de 26 anos. Os golos e as exibições de Cantona vieram provar que Ferguson tinha razão ao apostar no jovem avançado francês, mas as sombras dos «espírito malignos» em torno de Eric Cantona (desde problemas disciplinares a agressões a adeptos nas bancadas) não lhe permitiram atingir o estatuto para o qual tinha sido designado: um dos melhores jogadores de sempre a brilhar no desporto Rei.
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