Passaram quase nove meses desde o jogo em que Raúl Jiménez fraturou o crânio num choque com David Luiz, durante o Arsenal-Wolverhampton. O mexicano ficou bastante maltratado e teve de ser operado de emergência para travar uma hemorragia interna.
"Os médicos disseram-me que era um milagre eu estar vivo. O osso partiu e havia uma hemorragia no interior do meu cérebro. Foi por isso que tiveram de operar-me rapidamente e fizeram um ótimo trabalho. A fratura craniana demorou um pouco mais que o esperado a sarar mas é realmente um milagre que eu esteja aqui a falar convosco", começou por explicar Jiménez, em declarações aos jornalistas ingleses.
A hipótese de não voltar a jogar esteve em cima da mesa, mas o antigo jogador do Benfica nunca deixou de acreditar na continuidade.
"Nunca pensei em terminar a carreira. Houve hipótese de isso acontecer, mas eu estive sempre confiante de que iria voltar", sublinhou.
Jiménez confessa ainda não ter qualquer lembrança do brutal choque com David Luiz: "Lembro-me de termos chegado ao estádio, deixei as minhas coisas no balneário e fui com os meus companheiros ver o relvado. Depois, voltámos ao balneário e a partir da aí as luzes apagaram-se. Não me lembro de mais nada. Lembro-me apenas de acordar no hospital."
O mexicano regressou oficialmente aos relvados na primeira jornada da Premier League, tendo jogado os 90 minutos do encontro frente ao Leicester. "Sinto-me jogador outra vez", disse o avançado, que terá de usar proteção na cabeça durante o resto da carreira.
"Claro que, se dependesse de mim, preferia não usar aquilo, mas os médicos dizem que é para a minha proteção, que pode impedir algo grave", terminou.
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