O futebolista inglês John Terry, do Chelsea, declarou-se hoje inocente, em tribunal, das acusações de comportamento racista, por alegados insultos ao seu compatriota Anton Ferdinand, do Queens Park Rangers.
O capitão do clube campeão europeu compareceu na primeira sessão do seu julgamento em Londres, cujo processo demorará cinco dias e no qual enfrenta uma pena que, no máximo, atingirá cerca de 3.000 euros (2.500 libras).
O defesa central, de 31 anos, é acusado de ter insultado Ferdinand durante um encontro da liga inglesa entre as duas equipas, a 31 de outubro, quando André Villas-Boas era ainda treinador dos “blues”.
Ashley Cole e o nigeriano Obi Mikel, colegas de Terry, que se encontravam a poucos metros dos envolvidos no caso, não foram citados como testemunhas por nenhuma das partes.
Em dezembro, a procuradoria britânica acusou John Terry de “delito de alteração da ordem pública com agravante racial” e baseou a argumentação num vídeo onde aparece o capitão dos “blues” a dirigir-se ao seu compatriota em termos alegadamente racistas.
O início do julgamento foi adiado até hoje, a pedido do Chelsea, que solicitou que o mesmo se fizesse apenas depois do Euro2012, disputado na Polónia e na Ucrânia, o que permitiu ao jogador entrar na lista de 23 convocados antes de qualquer sentença.
Mesmo assim, a Federação Inglesa de Futebol decidiu retirar-lhe a braçadeira de capitão da seleção, o que ajudou a precipitar a saída do treinador italiano Fabio Capello, que não esteve de acordo com a decisão do organismo e demitiu-se a 08 de fevereiro.