Jurgen Klopp, treinador do Liverpool, pediu aos adeptos do clube que deixem de entoar um cântico homofóbico, que foi ouvido durante o jogo frente ao Norwich, tendo Billy Gilmour como destinatário, jogador do Chelsea emprestado aos 'canaries'.

O cântico "Chelsea rent boy" foi ouvido na partida e o Liverpool denunciou-os rapidamente, agora é Klopp a pedir para os mesmos terminem.

Em conversa com Paul Amann, fundador do grupo de adeptos LGBT+ do Liverpool Kop Outs, Klopp não compreende o porquê dos adeptos insistirem em cantarem contra algo.

"Eu nunca percebi isso, porque é que cantam uma música que é contra algo num estádio de futebol. Nunca entendi. Nunca gostei e não gosto disto. Especialmente no nosso caso, em que temos provavelmente o melhor reportório do mundo", disse, citado pelo site oficial do clube.

O alemão considera que este tipo de cântico acaba por afetar os adeptos do próprio clube e pede que deixe de ser entoado.

"Só deixa as pessoas da nossa própria massa adepta desconfortáveis. (...) Acho que é uma decisão fácil e devia de ser uma decisão fácil. (...) Eu não a quero voltar a ouvir por várias razões. Vivemos numa altura em que aprendemos a cada momento. Tenho 54 anos agora e quando tinha 20 dissemos coisas sobre as quais não pensámos e entretanto, graças a Deus, 34 anos depois percebemos que não é correto dizê-las", notou.

Klopp explicou ainda que este tipo de cânticos não ajudam em nada a equipa.

"Da perspetiva do jogador e do treinador, posso dizer que estas músicas não nos ajudam. É um desperdício de tempo porque não ouvimos. Eu oiço o estádio quando cantam 'Bobby Firmino', 'Mo Salah', 'You'll Never Walk Alone' obviamente, esse tipo de coisas. Isso arrepia-te, dá-te força. As outras músicas são um desperdício de tempo"