O mercado de transferências de inverno é visto como uma oportunidade para os clubes corrigirem deficiências e erros do verão e apetrechar as equipas para ainda tentar os objetivos traçados. No entanto, são poucos os clubes que tem sucesso nas contratações de inverno, por vários motivos.

Uma delas é o tempo que um jogador poderá precisar para encaixar numa equipa já entrosada, em apanhar um comboio que já está em andamento. Não é o caso do Liverpool.

Fotos: As contratações mais caras do Liverpool no mercado de inverno

O emblema da cidade dos Beatles tornou-se num especialista em contratações de inverno, pela forma como as incursões cirúrgicas em janeiro tem dado frutos. O ex-portista Luis Díaz é o último exemplo da capacidade dos 'reds' nessa janela.

O colombiano chegou para aprender e preparar-se para a época 2022/23 mas rapidamente ganhou o seu lugar, numa equipa exigente e de top. Jurgen Klopp está encantado com o seu pupilo, pela sua rápida integração e pela forma como o ex-FC Porto conseguiu fixar-se na equipa.

"Quando contratas um jogador, nunca saberás como será a sua adaptação. Mas desde o primeiro treino, vimos a que integração de Luis Diáz seria rápida, esteve brilhante desde o primeiro momento. Teve um impacto tremendo, é tudo o que podíamos desejar. É um jogador de top mundial. Para mim é uma alegria trabalhar todos os das com ele e estou muito feliz por termos decidido contratá-lo em janeiro", disse recentemente o treinador do Liverpool sobre o colombiano de 25 anos, que leva quatro golos e três assistências em 17 jogos pelos Reds.

Os 45 milhões de euros pagos ao FC Porto (podem chegar aos 60 ME) parecem agora uma pechincha.

Tal como os 84,65 milhões de euros que o clube decidiu desembolsar em janeiro de 2018, para garantir Virgil van Dijk junto do Southampton. O que parecia ser uma exorbitância de dinheiro gasto num central (na altura, o mais caro da história, até o Manchester United decidir dar 86 ME ao Leicester por Harry Maguire) rapidamente passou a um dos melhores investimentos do emblema de Merseyside. A equipa passou de uma média de 1,2 golos sofridos por jogo na Premier League para 0,6 golos sofridos por jogo.

"A qualidade não tem preciso. Os carros são assim, tal como os jogadores. A sua constatação valeu a pena. Se calhar, agora as pessoas até pensam que foi barato", elogiou Jurgen Klopp, assim que van Dijk começou a brilhar.

Nas contratações de inverno do Liverpool, há ainda mais nomes a reter. Um deles é Luis Suárez. Em janeiro de 2011, o Chelsea foi até Merseyside levar Fernando Torres por 58,5 milhões de euros, deixando o Liverpool em apuros. O clube aproveitou o dinheiro recebido e gastou 41 ME a Andy Carroll, avançado que estava a brilhar no Newcastle, e 26,5 ME em Luis Suárez, que chegava do Ajax. O primeiro foi um flop, o segundo escreveu história no Liverpool: 82 golos em 133 jogos em três épocas e meia, antes de mudar-se para o Barcelona.