O Arsenal disputa esta quarta-feira um dos jogos mais importantes da época. Os gunners, líderes da Premier League com mais cinco pontos que o Manchester City (que tem menos dois encontros realizados) enfrentam os cityzens no Ethiad na 33.ª jornada, num encontro que poderá decidir o título.

A formação londrina lidera com 75 pontos e 32 jogos disputados, os cityzens têm 70 em 30 jogos já realizados.

No entanto, a equipa de Mikel Arteta vive um momento delicado. Os londrinos, onde joga o português Fábio Vieira, vão numa sequência de três empates seguidos, ou seja, nas últimas três rondas perderam seis pontos para o Manchester City, a única equipa capaz de evitar o tão desejado título do Arsenal.

Arsenal: vencer ou vencer

Depois de empatar 2-2 contra Liverpool e West Ham em dois jogos em que esteve a vencer por 2-0, o Arsenal voltou a perder dois pontos, desta vez contra o último colocado Southampton (3-3), num momento crucial da temporada.

Só uma vitória no Etihad Stadium voltará a dar esperança de dependerem apenas de si para vencer a Premier League, prova que não ganham desde 2004. Mas mesmo vencendo, a ameaça dos azuis de Manchester irá manter-se viva: mesmo com oito pontos de desvantagem, o City ainda teria dois jogos para recuperar seis pontos e um calendário teoricamente mais fácil.

Depois do City, o Arsenal viaja para Newcastle, onde Manchester United (2-0) e Tottenham (6-1) foram derrotados esta temporada, e receberá o Brighton, equipa que vem surpreendendo na luta pelas posições de acesso à Europa

A Opta, site especializado em estatísticas, dá ao Arsenal apenas 22% de probabilidades de ser campeão, muito menos do que os 55% que tinha há duas semanas.

Já o Manchester City, de Bernardo Silva e Rúben Dias, chega a este duelo invicto há 16 jogos, contando todas as competições, sendo que na Liga Inglesa venceu nove e empatou um dos seus últimos dez jogos.

Habituados a disputar jogos decisivos na corrida por título por esta altura do ano, os jogadores comandados por Guardiola têm mais experiência que os do Arsenal, equipa que já tinha deixado escapar o acesso para a Champions na temporada passada ao perder frente ao Tottenham e ao Newcastle na 36.ª e 37.ª rondas, respetivamente.

William Saliba lesionou-se frente ao Sporting e a equipa caiu

A confirmação do ausência do central de William Saliba no centro da defesa é uma péssima notícia para os gunners, que não têm certeza se conseguirão recuperá-lo para o que resta da temporada.

O francês, lesionado nas costas, tem sido muito valioso na ideia de jogo desenhada Mikel Arteta, pelo seu rigor defensivo mas também pela sua contribuição na parte ofensiva, nos contra-ataques adversários pela sua velocidade, e pela sua capacidade de jogar no campo adversário.

Sem ele na defesa, o Arsenal sofre o dobro de golos por jogo, em média. E é sem ele que a defesa vai enfrentar um monstro chamado Herling Haaland.

Arteta também espera que os titulares recuperem o nível do início da temporada.

O ex-jogador do City, o ucraniano Oleksandr Zinchenko, o médio Thomas Partey e o avançado Bukayo Saka, nem sempre estiveram 100% nos últimos jogos, enquanto Granit Xhaka falhou o duelo com o Southampton por estar doente.

Eliminado nas primeiras fases das duas Taças nacionais e nos oitavos de final da Liga Europa pelo Sporting, o Arsenal disputou 43 partidas esta temporada contra 49 do City, apesar de ter mais doios encontros que os cityzens no campeonato.

Historial recente não favorece Arsenal

Seja como for, a história recente diante do City também não serve para confortar o Arsenal e os seus adeptos. Esta época, as duas equipes já se enfrentaram duas vezes, com duas vitórias para o Manchester City.

O primeiro duelo foi em Manchester, na FA Cup, no final de janeiro (1-0). Duas semanas depois, no Emirates Stadium e para o campeonato, o City (com uma vitória de 3-1) superou provisoriamente o Arsenal na classificação, numa temporada em que a equipa londrina só esteve fora da liderança em três rondas.

O Arsenal perdeu 14 dos seus últimos 15 duelos diretos contra o City, incluindo os últimos 11 na Premier League. a sua última vitória no Etihad data de janeiro de 2015, antes da chegada de Guardiola ao Manchester City.