O treinador português José Mourinho lamentou hoje a ausência do avançado Harry Kane na receção de sábado do Tottenham ao Liverpool, contudo confia no triunfo frente ao conjunto de Jürgen Klopp, cujo trabalho muito elogiou.
“Sabemos a situação e o quão bons são. Podemos imaginar que nesta sala, provavelmente, só dois pensamos que podemos vencer. Talvez só dois, mas acreditamos. Temos de acreditar”, disse, na conferência de imprensa, ao lado de um dos seus pupilos.
À entrada para a 22.ª jornada, o Tottenham é sexto classificado com 31 pontos, enquanto o invicto Liverpool, que tem menos um jogo e só cedeu um empate, comanda com 58, mais 13 do que o surpreendente Leicester e 14 face ao campeão Manchester City.
“Há meses que disse que o Liverpool iria ser campeão. A situação deles não é surpresa para mim. São a melhor equipa na nossa competição... e até poderia dizer mais sobre eles”, elogiou.
Defrontar o líder isolado, e que recentemente se sagrou do campeonato do Mundo, “é um grande desafio” para o Tottenham, sobretudo por estar privado do ponta-de-lança Harry Kane, que será operado à perna esquerda e só deve estar de volta em abril, sendo previsível que falhe uns 15 jogos.
“Preferíamos jogar contra eles com todos disponíveis, ter muitas mais opções para estarmos mais sólidos, felizes, confiantes, mas é como é. Trabalhámos bem durante a semana e os disponíveis estão felizes por jogar. Quando alguém não está, abra-se uma oportunidade para outro atleta”, disse.
O ‘capitão’ dos ‘spurs’ sofreu uma rotura de um tendão na face posterior da coxa da perna esquerda, juntando-se ao francês Moussa Sissoko, que terça-feira foi operado ao joelho direito e também só deve regressar ao trabalho em abril.
“Não temos outro ponta-de-lança. Só temos um. Por isso, não podemos jogar como normalmente o fazemos quando o Harry Kane está na equipa”, lamentou, recordando ainda que Sissoko “tem sido um dos melhores” neste período em que voltou a Londres.
‘Mou’ refutou comparações e duelos com Klopp – “não sou eu contra ele, nem ele contra mim, vai ser um grande jogo, Tottenham-Liverpool, para saborear” – e destacou o facto de os jogadores serem as únicas estrelas em campo no sábado.
Para evitar paralelismos com o rival alemão, concluiu: “Cheguei em novembro e ele creio que em outubro... de há cinco anos. Vamos com calma, passo a passo”.
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