O português José Mourinho, treinador do Chelsea, afastou hoje a possibilidade de ser despedido do comando técnico dos ‘blues’, assegurando que lhe faltam três anos e meio de contrato e que os pretende cumprir.

“Vejo-me a cumprir o meu contrato com o Chelsea. Faltam-me ainda três anos e meio. Vejo-me com capacidade para treinar qualquer equipa do mundo, mas haverá clubes que nunca orientarei”, frisou o treinador, em conferência de antevisão do jogo com o Leicester, líder da liga inglesa.

O Chelsea, campeão em título, e que atravessa uma das piores épocas sob o comando de José Mourinho, é 14.º na Liga Inglesa de futebol e, na última jornada, perdeu em Stamford Bridge frente ao promovido Bournemouth (1-0).

“Antes de perder o jogo com o Bournemouth, estava convencido que iríamos acabar em quarto e que teríamos um grande mês de dezembro. Tenho que ser honesto e dizer que a última derrota era algo que não pensei possível”, referiu Mourinho.

O treinador considerou que existem clubes que estão muito bem e outros que não estão a nível que estiveram no ano passado: “agora é muito difícil ganhar três, quatro, cinco ou dez jogos consecutivos”.

Mourinho defende que os ‘blues’ vão continuar a tentar subir na tabela e lutar pelo quarto lugar enquanto for “matematicamente possível”, considerando que a equipa melhorou imenso nos jogos com o Tottenham (0-0, fora) e com o FC Porto (2-0, em casa).

Os campeões ingleses venceram na quarta-feira os ‘dragões’ na última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, num jogo que deu o primeiro lugar no Grupo G e apuramento ao Chelsea e ditou a eliminação do FC Porto, relegado para a Liga Europa.

Na segunda-feira o Chelsea visita o ‘surpreendente’ líder Leicester, na 16.ª jornada do campeonato, um adversário que Mourinho diz ter argumentos para vencer a Liga Inglesa, a qual lidera com mais dois pontos do que o Arsenal.

“Merecem estar onde estão. Há umas semanas disse que não pensava que pudessem terminar como campeões, mas se calhar tenho que reconsiderar. Seria algo maravilhoso, algo que impressionaria o mundo do futebol”, sublinhou o técnico.

O treinador português lembrou ainda que há um ano este mesmo Leicester era último na Liga e que o técnico italiano Claudio Rainieri tinha sido despedido de selecionador da Grécia, depois de perder com as Ilhas Faroé.