O futebolista português, que trocou neste defeso o Manchester United pelo Real Madrid, é o grande ausente dos estádios ingleses, onde jogou os últimos seis anos e ajudou os "red devils" a conquistarem os últimos três títulos de campeão de Inglaterra.

O internacional luso, que protagonizou a transferência mais cara da história do futebol, no valor de 94 milhões de euros, conquistou na sua passagem por Inglaterra todos os troféus em jogo, individual e colectivamente: campeão inglês, Taça de Inglaterra, Taça da Liga e Supertaça, melhor jogador jovem, melhor jogador da liga e melhor marcador.

A partida da Ronaldo para Espanha não deixa, contudo, o público inglês privado de ver jogadores portugueses na principal prova do futebol britânico.

Deco, Bosingwa, Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira e Hilário (Chelsea), Nani (Manchester United), Ricardo Vaz Tê (Bolton) e Luis Boa Morte (West Ham) vão continuar a jogar nos estádios das 20 equipas que disputam a liga inglesa.

Aliás, a época não podia ter começado melhor para os futebolistas portugueses em Inglaterra, com a conquista pelo Chelsea da Supertaça, ao bater o Manchester United no passado fim-de-semana.

Outro dos motivos de interesse para a nova época é saber até onde poderá chegar o Manchester City, agora propriedade de um multimilionário árabe, na luta pelo título inglês de futebol, a par dos quatro tradicionais candidatos: Manchester United, Chelsea, Liverpool e Arsenal.

Os "azuis" de Manchester gastaram 166 milhões de euros em contratações, designadamente Carlos Tevez, ao rival United, Emmanuel Adebayor e Kolo Touré, Arsenal, Gareth Barry e Stuart Taylor, Aston Villa, e Roque Santa Cruz, Blackburn Rovers.

Mas a "cereja em cima do bolo" ainda poderá chegar a Inglaterra sob a forma de um jovem atacante argentino: Lionel Messi. De acordo com a imprensa, o City já terá feito saber ao FC Barcelona que está disponível para pagar 150 milhões de euros pela cláusula de rescisão do jogador, deixando nas mãos do argentino um cheque em branco para este decidir o seu salário anual.

O Manchester United perdeu Cristiano Ronaldo e Carlos Tevez e Alex Ferguson foi buscar ao Wigan o jovem equatoriano António Valência, mantendo o essencial da equipa.

No Chelsea, a contratação mais sonante terá sido o treinador italiano Carlo Ancelotti, ex-Milan, a par do russo Zhirkov, que custou 30 milhões de euros. De resto, o plantel dos "azuis" de Londres mantém-se praticamente inalterado.

O Liverpool, treinado pelo espanhol Rafael Benitez, parte mais uma vez com aspirações a reconquistar um título que foge há 19 anos aos "reds".

Benitez perdeu dois compatriotas - Xavi Alonso e Álvaro Arbeloa - para o Real Madrid e contratou o italiano Alberto Aquilani à Roma, embora o técnico espanhol continue a manter esperanças em "roubar" o seu compatriota David Silva ao Valência.

O Arsenal de Arsene Wenger perdeu a referência no ataque, com a saída do togolês Emmanuel Adebayor, e sofreu ainda uma baixa na defesa com a partida do central costa-marfinense Koo Touré. Apesar das baixas, o treinador francês continua a acreditar no potencial da sua jovem equipa, liderada pelo internacional espanhol Cesc Fabregas, que também é alvo da cobiça do Barcelona.