O Governo inglês espera introduzir, “num futuro próximo”, um regulador independente que poderá proibir os clubes de venderem os estádios aos próprios donos, para aumentarem as receitas e cumprirem o ‘fair play’ financeiro, noticiou hoje o The Guardian.
Em junho deste ano, a Premier League tentou propor uma regra que evitava que os clubes pudessem vender os seus ativos a empresas do próprio dono, para, desse modo, contabilizassem o lucro e evitassem as perdas económicas que os levariam a serem sancionados por incumprimento do ‘fair play’ financeiro.
Dos 20 clubes da competição, 11 votaram a favor, menos três do que os 14 necessários para aprovar esta nova regra, já existente na English Football League (EFL), isto é da segunda à quarta divisão britânica.
Segundo o jornal britânico, qualquer clube que pretenda vender o seu estádio necessitará da aprovação do regulador independente. Deste modo, proteger-se-á o valor comunitário que o mesmo tem e proibir-se-á a sua venda com caráter especulativo.
Nos últimos anos, clubes como o Aston Villa, o Sheffield United, o Derby County ou o Reading venderam os seus estádios de forma a poderem evitar possíveis sanções por incumprimento do ‘fair play’ financeiro.
A criação do regulador de futebol independente foi uma das medidas propostas, aquando da formação e queda da chamada Superliga Europeia, em 2021, para proteger o futebol inglês.
Este regulador tomou forma quando o governo de Rishi Sunak o introduziu como projeto de lei em abril deste ano, porém foi colocado em espera após as eleições em Inglaterra e a respetiva mudança de governo.
Agora, o Executivo liderado por Keir Starmer pretende dar continuidade ao plano, mas com algumas mudanças, entre as quais se destaca o poder do regulador sobre as ajudas de custo feitas aos clubes que descem de divisão.
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