Vítor Pereira fez a antevisão ao seu segundo jogo na Premier League, ao comando do Wolverhampton, onde vai encontrar o Manchester United, de Ruben Amorim. O treinador português abordou o seu percurso até à Premier League, onde demorou a chegar.

Veja todas as declarações de Vítor Pereira:

Duelo com Rúben Amorim: "Não, nunca jogámos um contra o outro. Sou mais velho do que ele. Demorei muito tempo a chegar aqui, porque talvez tenha dado passos errados na minha carreira e perdi a oportunidade de vir mais cedo. Amorim é a nova geração de treinadores portugueses, com muito talento na comunicação, talento tático, talento estratégico, e acredito que vai fazer um excelente trabalho na Premier League."

Evolução imediata: "Vamos melhorar, vamos ser melhores do que no domingo. Ok, o resultado foi fantástico. Estou muito feliz por dentro, mas acredito que podemos fazê-lo de uma forma melhor. Quando chegamos à área, temos de perceber a posição em que temos de chegar para marcar, porque não quero jogadores no mesmo espaço. Foi pouco tempo de trabalho, vamos melhorar de certeza. Vamos melhorar a nossa posse de bola, a nossa organização defensiva. Só preciso de algumas semanas. Não preciso de muito tempo para pôr esta equipa a jogar como eu quero, porque sei o que quero e eles estão abertos a este tipo de jogo. Quero jogar com qualidade. Para mim, o futebol não é apenas os resultados. Para mim, tem de ser um jogo bonito."

Natal atrapalha adaptação: "Vamos descansar e, no tempo de descanso, temos de ter as capacidades táticas para os ajudar, mesmo quando estão a descansar, quando estão a recuperar. Isso significa que tenho de fazer as correções de que necessitamos. Não podemos jogar, mas podemos reproduzir as ações que queremos aumentar ou corrigir num curto espaço de tempo. Se eu quiser corrigir algo na organização defensiva, fá-lo-emos, mas em curtos períodos de tempo. É desta forma que podemos recuperar e corrigir as coisas táticas. O plano é trabalhar, trabalhar e trabalhar. Só sei que uma forma de aumentar o nível é trabalhar e trabalhar. Cometer erros, corrigi-los e tentar trabalhar de novo. Tenho de dar confiança aos jogadores."

Titularidade de Gonçalo Guedes: "Posso dar-lhe confiança, sem dúvida. Posso aumentar as capacidades táticas, e ele tem de saber que, para jogar comigo, tem de correr, tem de lutar. Tem de trabalhar para a equipa, não apenas para si próprio. Isto é para ele e para toda a gente. Quero deixar os jogadores exprimirem-se, mas trabalhar para a equipa, simples."

Comunicação em várias línguas: "Falo português, sei falar um pouco de inglês, um pouco de francês, um pouco de espanhol. Isso deu-me a possibilidade de fazer com que me entendessem. Mas a comunicação no futebol é universal. Eles sabem a mensagem porque as palavras são sempre as mesmas, repetindo as mesmas palavras e começam a perceber o que quero dizer."