O Benfica venceu na terça-feira a equipa sérvia do Napredak por 3-0, num jogo em que Rui Vitória aproveitou para testar 24 jogadores, bem como um sistema de jogo em cada parte: o 4x3x3, com Castillo na frente do ataque, nos primeiros 45 minutos e o 4x4x2, com Jonas no apoio a Facundo Ferreyra, no segundo tempo.
No final da partida no Bonfim, o técnico 'encarnado' justificou esta opção. "Vamos privilegiar estes dois sistemas nos próximos jogos. Não com o propósito de querermos saber qual deles é o melhor, mas de preparação dos sistemas, que passa muito por uma estabilização e por uma consolidação dessas duas formas de estar em campo", explicou Rio Vitória em resposta a questões lançadas por jornalistas presentes no jogo.
O treinador das 'águias' nota que o aspecto mais importante na parte tática são os princípios e não o sistema.
"Antes dos sistemas estão os princípios que a nossa equipa tem, o nosso jogar que tanto pode ser alicerçado em 4x3x3, como em 4x4x2, como em 3x5x2. A equipa quer ser dominadora num e noutro sistema. Essa é uma das nossas grandes visões: chegar ao campo e impor a sua forma de jogar e fazer com que o adversário tenha de se adaptar a nós. Falar de sistemas é induzir as pessoas num conceito errado. Quantas vezes a nossa equipa tem na fase de construção três homens, que são os centrais e o médio mais recuado que baixa e os dois laterais estão bem expostos e estamos num 3x4x3...", explicou.
"O que queremos é um jogo fluído, em que a bola circule com velocidade e percorra os três corredores com rapidez e que se procure constantemente um espaço livre e um homem livre para podermos atacar. De uma forma muito simplista, esta é a nossa visão com uma disposição tática ou com outra. Há três regras fundamentais para nós: atrair, libertar um espaço e acelerar. São três verbos que levamos atrás de nós», reforçou.
Recorde-se que Rui Vitória passou do 4x4x2 para o 4x3x3 nos primeiros meses da temporada transata, admitindo agora que este último sistema melhorou a equipa em vários aspectos do jogo.
"O 4x3x3 deu-nos segurança na circulação de bola e um controlo maior da posse de bola, do jogo e do adversário. Temos dados objetivos disso, em que o adversário teve menos oportunidades e nós acabámos por ter mais oportunidades e controlar mais facilmente os jogos. Mas o que procuramos é estar preparados da melhor maneiras para as várias fases do jogo", observou.
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