19 anos depois, os leões voltaram a rugir mais alto que a restante concorrência, levantando o título pela primeira vez desde 2002.

Mas afinal de contas, como foi o caminho do Sporting de Rúben Amorim até chegar aqui?

Invicto

Os leões não sofreram nenhuma derrota até verem o título confirmado. Em 31 jornadas, o Sporting somou 24 vitórias e sete empates. O resultado final mais comum foi o 2-0, que se registou por 10 vezes.

O 3-1 (vs Gil Vicente) e o 0-0 (vs FC Porto) foram os resultados que menos aconteceram na caminhada leonina, apenas uma vez.

Últimos 15 minutos decisivos

A estrelinha do Sporting foi algo que deu muito que falar, graças à ideia de que os leões tinham apetência para resolver partidas nos últimos instantes.

A ideia é real, como mostra a análise abaixo: a turma de Alvalade marcou golos que valeram pontos principalmente depois do minuto 76, com os tentos marcados a alterarem o resultado e a garantirem 29 pontos, entre empates e vitórias.

Já no extremo oposto, foi também a partir dos 76' que os leões viram os seus adversários chegarem mais vezes ao empate, perdendo quatro pontos em duas partidas onde se encontravam a vencer aos 75'.

Para além dos golos que deram pontos, o Sporting mostrou uma apetência para marcar, de forma geral, a partir dos 76 minutos: foram 21 os golos apontados entre este minuto e o apito final, comparando com os 35 marcados no resto do jogo.

Descolagem à sexta jornada

O Sporting não somou nenhuma derrota até ao momento na I Liga, mas nem por isso esteve sempre na liderança do campeonato. Os leões somaram os mesmos pontos que o líder nas três primeiras rondas e acabaram mesmo por ficar a dois pontos do topo na quarta e quinta jornadas.

Toda a análise no Especial Sporting Campeão 2020/2021

Na sexta jornada, e graças à derrota do Benfica no Bessa, os leões passaram a ser líderes isolados do campeonato, com mais um ponto que o segundo.

A caminhada foi de altos e baixos, mas o Sporting chegou a ter 10 pontos de vantagem nas jornadas 19, 20, 23 e 24 do campeonato, para o segundo classificado, o FC Porto.

Seguiram-se uma série de tropeções, que fizeram o Dragão aproximar-se, até ficar a quatro pontos na 28.ª jornada, antes de escorregar e permitir que o Sporting voltasse a ficar confortavelmente na liderança, desta vez a oito pontos.

Os homens do título

As oportunidades dadas por Rúben Amorim aos jovens, a rotatividade e a aposta na união da experiência dos mais velhos com a irreverência dos mais novos deu frutos. Mas apesar das diversas opções, existiram jogadores que se destacaram nesta caminhada dos leões.

Começamos pelo homem golo, Pedro Gonçalves, uma aposta certeira do Sporting no passado mercado de verão. O ex-Famalicão apontou 18 golos e é um dos melhores marcadores do campeonato neste momento.

Nuno Santos, outro dos reforços de verão, foi o que mais deu a marcar, sendo o melhor assistente leonino, com cinco passes para golo na Liga.

Por fim, as mudanças promovidas em alguns jogos por Rúben Amorim não afetaram dois jogadores: Adán, guardião e dono da baliza que menos golos sofreu na Liga e Coates, patrão da defesa que menos golos deixou passar foram os mais usados, marcando presença em 30 dos 31 jogos do Sporting. O que falharam, foi por castigo devido à acumulação de amarelos.