Carlos Pereira disse hoje que o caso do afastamento do árbitro assistente José Cardinal, no encontro entre insulares e Sporting, deve ser decidido antes do encontro da final da Taça de Portugal em futebol.

Segundo o dirigente, o Marítimo está a ter «muitas dificuldades em digerir o assunto», motivo pelo qual irá apresentar nos próximos dias uma participação à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), uma vez que não tem conhecimento de qualquer ação por parte deste organismo neste processo.

«Gostaríamos que não se chamasse 'caso Cardinal' a este processo, mas antes 'caso Paulo Pereira Cristóvão', uma vez que, a fazer fé no que vem na imprensa, envolve mais o dirigente do Sporting. O Marítimo vai formalizar a situação à FPF. Queremos defender o bom nome do clube e da região», disse Carlos Pereira, à margem do jantar organizado por simpatizantes do clube que vivem em Lisboa.

O líder máximo dos "insulares" não tem dúvidas que, a «comprovar-se» tem de haver uma punição severa e defende que a decisão tenha de ser tomada antes da final da Taça de Portugal, a 20 de maio, para que «o Marítimo não saia prejudicado».

«A justiça tem de ser célere, para que não deteriore a sua imagem. Muito provavelmente, este não estará concluído antes de 20 de maio. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para saber o que se passa, até porque não é normal alguém ter o acesso à conta bancária de um árbitro auxiliar. Acho que a competição não se deve realizar antes do caso estar concluído», defendeu.

Em véspera de defrontar o Benfica, em encontro da 27.ª jornada da Liga, Carlos Pereira garante que «o Marítimo sai da Madeira sempre com o pensamento na conquista dos três pontos», até porque, agora, tem também o objetivo de alcançar o quarto lugar e «ficar à frente de um histórico português» (Sporting, atualmente quarto classificado com 50 pontos, mais dois do que os "verde-rubros").

No âmbito do «movimento dos clubes de Fátima», que esta semana emitiu uma moção de censura a Fernando Gomes, presidente da FPF, Carlos Pereira não assumiu uma posição de distanciamento, afirmando, contudo, que «o Marítimo está pelas coisas de forma oficial».

«O Marítimo participou numa dessas reuniões e até contestou algumas dessas posições de forma jurídica e sustentada. As duas instituições (Liga e FPF) devem entender-se para que haja um equilíbrio. Estamos mais preocupados com a decisão sobre o 'Plano Mateus' e o 'Totonegócio'. É necessário quantificar antes de apresentar qualquer plano», concluiu.