O presidente da Académica recordou o ‘velho capitão’ Mário Wilson, falecido hoje, como um dos nomes de maior relevo na história do clube dos ‘estudantes’.

Mário Wilson morreu hoje, a poucos dias de completar 87 anos, anunciou o Benfica, clube no qual se tornou no primeiro português a vencer o campeonato nacional de 1975/76, conquistando ainda as Taças de Portugal de 1979/80 e 1995/96. Licenciou-se em ciências biológicas em Coimbra, onde foi jogador e iniciou a carreira de treinador.

"Foi, e será, o exemplo de alguém que viveu a Académica como poucos", sublinhou o presidente da Académica, Paulo Almeida, numa mensagem enviada à agência Lusa.

O líder academista recordou Mário Wilson como um "homem de grande sabedoria e cultura, que se referia sempre à sua 'briosa' com um emocionante carinho e ternura".

"É um momento de profunda tristeza para Coimbra e para a Académica", escreveu Paulo Almeida, salientando que Mário Wilson "será sempre um dos nossos".

O ‘velho capitão’, como era conhecido no meio futebolístico, nasceu em Maputo, em Moçambique, a 17 de outubro de 1929, e representou a Académica em quase toda a sua carreira de futebolista, precisamente durante 12 épocas, depois de dois anos no Sporting (1949-1951), no qual se sagrou campeão em 1950/51, e um no Desportivo de Lourenço Marques, em 1948/49.

Como treinador, além das três passagens pelo Benfica, orientou ainda clubes como Académica, Belenenses, Vitória de Guimarães, Boavista e Estoril-Praia, entre outros, totalizando 548 jogos no primeiro escalão do futebol nacional, tendo ainda comandado a seleção portuguesa na qualificação para o Europeu de 1980.