A Académica quebrou esta segunda-feira uma longa tradição, ao conquistar a primeira vitória da sua história no reduto do Olhanense (0-2), com um “bis” de Adrien, em jogo da 12.ª jornada da Liga portuguesa de futebol.

Adrien inaugurou o marcador aos 39 minutos, na conversão de uma grande penalidade, e aumentou a vantagem aos 51 minutos, perante um Olhanense que acusou o facto de ter ficado em inferioridade numérica, por expulsão de Mexer ainda antes do intervalo.

Os “estudantes”, que nunca tinham ganho em Olhão em mais de 20 jogos em várias competições, regressaram às vitórias na Liga, cinco jornadas depois, e ultrapassaram o seu adversário, subindo ao sexto posto, com 16 pontos, enquanto os algarvios, sétimos, somam 14.

O arranque da partida mostrou-se pouco emotivo e o primeiro lance de perigo só surgiu aos 17 minutos, com Ederzito a rematar por cima, após falhanço de Fabiano Freitas.

O Olhanense, muito apático até à meia hora de jogo, “acordou” e, em dois minutos, esteve à beira do golo, com Peiser a opor-se bem a tentativas de Figueroa (27) e Salvador Agra (29).

Aos 37 minutos, Yontcha surgiu isolado mas atirou à figura do guardião dos “estudantes” e, um minuto depois, na área contrária, Figueroa atrapalhou-se e acabou por cometer grande penalidade sobre Ederzito.

Adrien converteu o castigo máximo, inaugurando o marcador, diante de um Olhanense que voltaria a ter outra má notícia antes do intervalo, com a expulsão do central Mexer, por acumulação de amarelos.

Sem centrais no banco, Daúto Faquirá recuou o trinco Cauê para a defensiva e, ao intervalo, retirou o dianteiro Yontcha e apostou em Rui Duarte, deixando Wilson Eduardo e Salvador Agra abertos nas alas.

O treinador da turma algarvia não teve tempo para perceber se o novo esquema tático iria resultar, uma vez que Adrien aumentou a contagem aos 51 minutos, com um belo remate de fora da área, com o qual somou o sétimo golo na época, em todas as competições.

Depois do segundo golo, a Académica recuou e deu a posse de bola aos algarvios, segurando a vantagem sem sobressaltos, à exceção de um tiro de Vítor Vinha para grande defesa de Peiser (90), e apostando nas saídas rápidas para o contra-ataque.

Em duas ocasiões, perante Marinho (66) e Diogo Valente (69), seria o guardião brasileiro Fabiano Freitas a salvar o Olhanense de uma derrota por números mais expressivos.