O Benfica venceu hoje, com serenidade, o Gil Vicente, por 3-0, em jogo em atraso da 24.ª jornada da I Liga, e igualou o Sporting na liderança da prova. Com um golo em cada parte, apontados por Aursnes e Belotti, a equipa comandada por Bruno Lage controlou a partida desde o primeiro minuto. Di María, que regressou aos relvados depois de lesão, não o poderia ter feito da melhor forma, com um golo nos últimos segundos do encontro.
Depois de uma primeira parte completamente dominada pelos encarnados, a superioridade benfiquista foi quase sempre evidente,  A equipa entrou determinada e confiante, dominando a posse de bola e criando perigo desde os primeiros minutos, enquanto o Gil Vicente, apesar de aguerrido, teve dificuldades em acompanhar o ritmo encarnado. A segunda parte foi o confirmar disso mesmo.

Domínio encarnado gela em Barcelos

Logo aos três minutos, Aursnes teve uma excelente oportunidade para abrir o marcador, após um entendimento perfeito com Amdouni, mas Andrew fez uma defesa impressionante e adiou o golo encarnado.

Os gilistas ainda responderam aos 5 minutos, com um remate de Amdouni a sair ao lado, mas foi uma ameaça isolada face ao controlo avassalador do Benfica.

A superioridade benfiquista materializou-se, quando Bruma arrancou pelo corredor esquerdo e fez um cruzamento preciso para Aursnes finalizar de primeira e fazer o 1-0.

O Benfica não tirou o pé do acelerador e continuou a rondar a área gilista, com destaque para Belotti, que teve um remate perigoso aos 38 minutos, passando perto do poste.

A equipa da casa tentou reagir, mas sentiu sempre dificuldades em sair a jogar e explorar o ataque. A defensiva encarnada esteve intransponível e Trubin mostrou segurança nas poucas intervenções que teve.

O Benfica terminou a primeira parte perto de aumentar a vantagem: aos 44 minutos, Bruma tentou um pontapé acrobático que obrigou Andrew a uma grande defesa, embora a jogada tenha sido anulada por falta.

Confirmação de um triunfo seguro

O segundo tempo começou praticamente com o golo que deu maior tranquilidade aos encarnados. Aos 51 minutos, um livre bem batido por Kokçu encontrou a cabeça de António Silva, que assistiu Belotti na zona central para o avançado italiano fazer o 2-0 com um desvio certeiro. A eficácia e inteligência dos pupilos de Bruno Lage voltou a fazer a diferença.

Pouco depois, o Benfica sofreu um revés com a saída forçada de Tomás Araújo devido a problemas físicos, sendo rendido por Dahl aos 57 minutos.

Os gilista, por outro lado, ainda não tinham desistido e tiveram um rasgo de inspiração aos 72 minutos, quando Félix disparou um remate forte da esquerda, mas Trubin respondeu à altura com uma defesa segura.

Aos 74 minutos, aplausos em Barcelos para a entrada de Ángel Di María, de regresso após lesão. O internacional argentino mostrou desde logo a sua qualidade e, apenas quatro minutos depois, protagonizou uma arrancada pelo corredor central, mas o remate saiu-lhe ao lado.

Nos minutos finais, o Benfica geriu a vantagem com tranquilidade, mas ainda haveria tempo para mais um momento decisivo. Aos 90+6 minutos, Di María foi derrubado na área por Josué e o árbitro assinalou grande penalidade. O próprio argentino assumiu a marcação e não tremeu, colocando a bola no fundo das redes e estabelecendo o 3-0 final.

A equipa de Bruno Lage somou a sétima partida consecutiva sem perder na I Liga, consolidando-se como um candidato firme ao título. O Gil Vicente, por seu lado, continua mergulhado numa crise de resultados, agora com nove jogos consecutivos sem vencer e a sentir o peso da luta pela manutenção.

Os encarnados cumprem a sua missão em Barcelos e mantêm-se firmes na perseguição ao líder do campeonato, enquanto o Gil Vicente terá de encontrar soluções para inverter esta fase negativa na próxima jornada.