O treinador Álvaro Pacheco disse hoje que o Vizela quer aproveitar a deslocação ao terreno do Paços de Ferreira, no domingo, na 13.ª jornada da I Liga de futebol, para regressar às vitórias.
O Vizela foi eliminado da Taça de Portugal, na quarta-feira, pelo Vitória de Guimarães (2-1, após prolongamento) e, no campeonato, regista três jogos seguidos sem ganhar (duas derrotas e um empate).
O técnico, que começou a conferência de imprensa a esclarecer que nunca quis abandonar o jogo com os vitorianos em protesto com a arbitragem – “foi um desabafo face à impotência que sentíamos” -, frisou a ambição de “regressar às vitórias” diante do Paços de Ferreira, último classificado, ainda sem triunfos.
“Se olharmos para os resultados, podemos dizer que o Vizela está em crise porque não tem ganho, mas, como líder, eu olho acima disso, olho para as prestações, que têm estado a um nível [bom] e temos estado mais próximos de ganhar, apenas por pequenos detalhes não tem acontecido”, disse.
Álvaro Pacheco revelou que a equipa teve uma “reação forte” nos treinos a seguir à derrota em Guimarães e disse não ter dúvidas de que a equipa vai entrar para ganhar em Paços de Ferreira.
Questionado sobre se a urgência do Paços de Ferreira em ganhar pode ser fonte de motivação para os pacenses ou de ansiedade que os vizelenses possam aproveitar, o técnico referiu que vai ser um jogo em que as “duas equipas vão querer ganhar”.
“O Paços de Ferreira estará mais pressionado, porque ainda não ganhou, mas ainda estamos no início do campeonato, há muitos pontos em disputa, não é uma final, mas para quem conseguir ganhar será um élan muito grande”, assumiu.
Álvaro Pacheco considerou ainda que o Paços de Ferreira vale mais do que a posição que ocupa na tabela classificativa.
“Se olharmos para os últimos jogos, vemos que perdeu por um golo, que equilibrou os jogos e que sentiu que a vitória pode estar perto. É uma equipa muito aguerrida e lutadora, à imagem do seu treinador [José Mota], e nós vamos ter que ser uma equipa com uma alma muito grande, com muita determinação e a impor o nosso jogo”, disse.
O treinador defendeu ainda que ter jogado 120 minutos na quarta-feira não é razão para temer consequências físicas.
“Não acredito nisso, acredito mais que a nível psicológico a equipa possa não estar tão bem, mas fisicamente gerimos muito bem nos treinos, a recuperação foi fantástica. Temos até o exemplo do Benfica, que joga quarta e domingo e quase sempre os mesmos”, notou.
Carlos Isaac sentiu um desconforto muscular e não está disponível, tal como Anderson Jesus e Tomás Silva, expulsos diante dos vimaranenses.
Vizela, 13.º classificado, com 12 pontos, e Paços de Ferreira, 18.º e último, com dois, defrontam-se a partir das 15:30 de domingo, no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, em jogo que será arbitrado por Nuno Almeida, da associação do Algarve.
Comentários