Quatro anos depois, o Benfica volta a conquistar a I Liga. O 38.º título de campeão nacional dos encarnados foi selado com um triunfo tão claro como natural, por 3-0, sobre um já despromovido Santa Clara, incapaz de fazer frente às águias. A equipa de Roger Schmidt só dependia de si para fazer a festa e não defraudou os adeptos que encheram por completo o Estádio da Luz.
A tão ansiada conquista, que a meio da temporada parecia destinada a chegar bem mais cedo, tardou afinal até última jornada, mas chegou mesmo.
Apesar de algumas escorregadelas inesperadas na parte final do campeonato, o Benfica chegou a esta derradeira jornada com tudo a seu favor. A verdade é que só uma hecatombe tiraria o título aos encarnados nesta 34.ª e última jornada e cedo se percebeu que essa hecatombe não ia acontecer. A euforia era grande antes do jogo, aumentou com o primeiro golo, logo aos sete minutos, e foi crescendo até ao apito final, com mais dois golos pelo meio.
Depois, explosão de alegria: volvidas quatro temporadas, o Benfica é, novamente, campeão nacional.
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O jogo: Entrar com tudo para arrumar de vez a questão
O Benfica entrava em campo com um resultado que lhe servia - a menos que o FC Porto lograsse uma goleada estratosférica na receção ao V.Guimarães - e isso conferia tranquilidade a jogadores e adeptos do clube da Luz. Nervosismo, nem vê-lo e as águias entraram determinadas a acabar com quaisquer dúvidas (por mais pequenas que fossem) que ainda pudessem subsistir.
Os primeiros minutos foram de intensa pressão e aos sete minutos gritou-se golo pela primeira vez. Bah recebeu a bola de Rafa, cruzou para o segundo poste e Gonçalo Ramos apareceu a cabecear para inaugurar o marcador.
No Dragão, o FC Porto (já a jogar em superioridade numérica desde o minuto 2) marcava praticamente na mesma altura, mas isso pouco importava para os encarnados, que continuaram a criar perigo, antes de chegarem ao segundo golo, antes da meia hora.
Saída rápida para o contra-ataque, com Grimaldo a lançar Florentino, que tocou para João Mário. Este combinou com Rafa, que rematou à entrada da área. A bola desviou em Ítalo e traiu Gabriel Pereira.
O intervalo chegava com 2-0 no marcador e, se antes do jogo era necessária uma hecatombe para tirar o título da rota da Luz, com 45 minutos só mesmo uma catástrofe de proporções bíblicas levaria o troféu para outras paragens.
A segunda parte foi, pois, uma mera formalidade, com os adeptos a olharem para o relógio, ansiosos pelo momento da consagração definitiva. Mas ainda houve tempo para um momento de emoções. O Benfica beneficiou de uma grande penalidade e, a fazer o seu último jogo de águia ao peito, após sete anos na Luz, Grimaldo foi chamado a converter. Não perdoou e não conteve, depois, as lágrimas no momento dos festejos, debaixo de uma forte ovação.
De ovação em ovação, à medida que Roger Schmidt ia mexendo na equipa, os minutos passaram até ao apito final e os adeptos puderam festejar, enfim, o tão ansiado '38' que tanto pediram ao longo da temporada.
O momento: Gonçalo Ramos acaba com as dúvidas (se é que existiam algumas)
Foram precisos apenas sete minutos para o Benfica marcar e, talvez mais importante, gritar golo ainda antes de o FC Porto o fazer no Dragão. Rafa recebeu a bola, tocou para Bah, regressado à titularidade, e o dinamarquês cruzou na perfeição para um cabeceamento não menos perfeito de Gonçalo Ramos na pequena-área. Estva feito o 1-0. A Luz explodia de felicidade e qualquer pontinha de ansiedade que pudesse existir ficou, logo ali, dissipada.
O melhor: Grimaldo teve muito encanto na hora da despedida
O Benfica exibiu-se a um bom nível desde o apito inicial, mostrando muito do que acabou por fazer dele campeão: pressão, futebol de ataque e boas combinações ofensivas. Foram vários os jogadores que confirmaram neste derradeiro jogo da época o bom desempenho que tiveram ao longo da época, com destaque para Gonçalo Ramos e Rafa, que marcaram dois dos golos.
O outro golo foi marcado por Grimaldo, no jogo em que dizia adeus à Luz. O espanhol emocionou-se depois de bater com êxito a grande penalidade que fixou o resultado em 3-0 e vai certamente deixar saudades. Pelo menos a olhar para os números que atingiu esta temporada: oito golos e 14 assistências. Uma despedida emocionada, depois de fazer a sua melhor temporada de sempre no clube.
O pior: Santa Clara incapaz de fazer frente
Já despromovidos (acabaram por terminar mesmo no 18.º e último lugar da tabela), os açorianos até fizeram mais remates enquadrados com o alvo do que o Benfica ao longo dos 90 minutos, mas não pareceram nunca capazes de assustar o adversário. Na primeira parte, o Santa Clara ficou-se pelos 33 por cento de posse de bola e raramente chegou junto da grande área contrária.
As reações
Rui Costa agradece aos jogadores pela “maior alegria”
As palavras dos jogadores do Benfica após a conquista do tão desejado '38'
FOTOS: A festa do título do Benfica nas bancadas, no relvado e...pelas ruas
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