
O Sporting deixou segunda-feira o topo da tabela da I Liga 24/25, onde estava há 13 jornadas, ao ficar-se pelo empate na receção ao SC Braga, num jogo em que acabou por sucumbir à pressão de ter de ganhar para não deixar o Benfica ficar isolado na liderança da classificação.
Depois da categórica vitória do Benfica na véspera no Estádio do Dragão, os leões entravam em campo pressionados. E, frente a um SC Braga que caso pontuasse se isolava no 3.º lugar (o que veio a acontecer), até começaram por responder bem.
O Sporting entrou com tudo e ganhou vantagem merecidamente nos primeiros 15 minutos. Só que, aos poucos, permitiu que o adversário fosse tendo mais e mais bola, não aproveitou as ocasiões criadas para ampliar a vantagem e, com a ansiedade e o nervosismo a crescerem de forma palpável entre os jogadores e na bancada, a equipa de Rui Borges não aguentou a vantagem e permitiu que o SC Braga chegasse ao empate a três minutos dos 90 e ficou a ver a liderança por um canudo, a dois pontos do 'eterno rival'.
Agora, a ligeira vantagem que o Sporting tinha face ao Benfica na corrida ao título, que lhe permitia poder ir empatar à Luz caso vencesse todos os outros jogos, esfumou-se. Os leões continuam a depender só de si para se sagrarem bicampeões, é certo, mas precisam agora de vencer todos os seus seis jogos (incluindo na Luz) para não dependerem de terceiros. A tal ligeira vantagem é agora do Benfica, que também só depende de si e que, para ser campeão, pode agora dar-se ao 'luxo' de empatar um dos seis jogos que lhe falta, desde que vença os outros cinco.
Quanto ao SC Braga, tem agora um ponto de avanço sobre o FC Porto na corrida ao último lugar do pódio.
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O jogo: Marcar cedo, afinal, não chegou e SC Braga gelou Alvalade...à Patrão
O Sporting parecia determinado a responder à altura ao Benfica e os primeiros minutos deixavam a ideia de que o iam conseguir. Gyokeres, com um lance ao seu estilo, colocou a bola no fundo das redes logo aos 3 minutos, mas estava 3 centímetros fora de jogo. Os leões - e o sueco - não tiraram o pé do acelerador, voltaram a ameaçar pouco depois e marcaram mesmo em cima do quarto de hora, sem que o SC Braga conseguisse chegar junto da grande área leonina.
Gyokeres surpreendeu com um remate rasteiro na transformação de um livre e abriu o marcador. Aos poucos os minhotos conseguiram equilibrar a partida e passar algum tempo com bola no meio-campo do Sporting, mas foi a turma da casa a voltar a ameaçar - outra vez pelo inevitável Gyokeres - antes de o SC Braga, enfim ameaçar a baliza de Rui Silva, num remate de Zalazar que o guardião leonino defendeu bem.
Mas nos minutos finais da primeira parte já se notava que o Sporting estava a encontrar mais problemas para ter a bola na sua posse e a tendência continuou no segundo tempo, com o SC Braga a passar muito tempo no meio-campo verde-e-branco. Não criava perigo, mas causava ansiedade e nervosismo nos jogadores e nos adeptos da casa. O Sporting até criava mais perigo, mas Quenda, Maxi Araújo e Trincão viram Horníček, guarda-redes do SC Braga, negar o golo aos três.
Os minutos passavam e a vantagem mínima mantinha-se. O Sporting não conseguia segurar a bola e o que muitos pressentiam acabou mesmo por acontecer: cruzamento de Zalazar para o coração da grande área do Sporting e jovem Afonso Patrão, que havia saltado do banco quatro minutos antes, cabeceou à vontade para o fundo das redes, despejando um autêntico balde de água gelada no José Alvalade.
O momento: Estreia a marcar...'à Patrão'
Minuto 87: Rúben Furtado toca para Zalazar, este cruza na direita e Afonso Patrão aparece em zona de finalização para, de cabeça, entre os centrais leoninos, desviar para dentro da baliza de Rui Silva. Os 'patrões' da defesa do Sporting falharam e o jovem Patrão, de apenas 18 anos, aproveitou para, ao terceiro jogo pela equipa principal do SC Braga, estrear-se a marcar. Um golo que pode revelar-se decisivo para as contas da classificação final da I Liga.
A figura: Lukáš Horníček frustrou o Leão
O guarda-redes checo foi o grande responsável por o SC Braga ter chegado aos minutos finais em condições de sair de Alvalade com um ponto. Na primeira parte negou por duas vezes o golo a Gyokeres, na segunda impediu que Quenda, Maxi Araújo e Francisco Trincão marcassem o golo da tranquilidade que o Sporting tanto precisava para serenar a ansiedade que pairava no ar.
As reações
- Rui Borges justifica empate com quebra física, Hulmand lembra que título está nas mãos do Sporting
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