Adalberto, antiga glória do Paços de Ferreira, recordou hoje o primeiro golo do clube ao Benfica em jogos da I Liga de futebol, há 21 anos, e considerou importante a ausência de Luisão nos "encarnados".
O jogo, referente à oitava jornada, ocorreu a 20 de outubro de 1991, ano de estreia do Paços de Ferreira na I Liga, e saldou-se por um empate (César Brito igualou aos 79 minutos para o então campeão em título), com a particularidade de ter sido o único golo da carreira de Adalberto no escalão principal.
«Ganhei a bola ainda no meio-campo, avancei até à área do Benfica, beneficiando da preocupação dos adversários com a marcação aos meus colegas, que iam abrindo espaços, consegui tirar os dois centrais do caminho e rematei, já dentro de área, para o lado direito do Neno», recordou Adalberto.
Antigo central e "capitão" de equipa, Adalberto destacou a ausência de Luisão, por castigo, do encontro da Mata Real, considerando que a mesma pode ser um trunfo a explorar pela formação nortenha.
«O Luisão é uma peça importante no Benfica, sendo a voz da equipa dentro de campo, enquanto ‘capitão’, pela sua qualidade e segurança que dá à defesa. A sua ausência obriga a algumas adaptações, o que, associado a algumas saídas no plantel, pode ser um fator a explorar pelo Paços e todos os adversários», afirmou.
O agora treinador do Amarante, da II Divisão, disse ainda acreditar que o “colega” Paulo Fonseca, do Paços de Ferreira, «trabalhou esses aspetos» para um «jogo que é sempre difícil para os adversários».
«Aqui, na Mata Real, nunca é fácil jogar, seja para os ‘grandes' ou quaisquer outros adversários. Além disso, a equipa do Paços está bem e moralizada», concluiu Adalberto.
O ex-futebolista nunca jogou noutro emblema além do Paços de Ferreira, tendo representado o clube durante 22 anos, desde os iniciados até aos 36 anos de idade, quando se retirou.
Atualmente com 43 anos, recordou as «muitas diferenças» do seu tempo, destacando, em especial, as desigualdades mais acentuadas entre os "grandes" e as restantes equipas.
«Na altura, era mais difícil ganhar aos ‘grandes', que, além de já terem os melhores jogadores, trabalhavam mais e melhor do que os outros. Hoje, já se trabalha da mesma maneira e as diferenças, quando existem, são mínimas. Por outro lado, a mentalidade era diferente, só queríamos perder por poucos e empatar já era uma festa», concluiu.
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