A Universidade Lusíada organizou, em Lisboa, as segundas jornadas do Direito e do Desporto. O tema da arbitragem foi um dos tópicos em discussão, numa altura em que o setor ameaça parar o futebol português.
José Luís Arnaut, presidente da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), afirmou a este propósito que «este clima de crispação é muito preocupante, injusto e não faz parte do espírito que está na génese do desporto».
Já Alexandre Mestre, secretário de Estado do Desporto e da Juventude, apelou à serenidade:
«Na vida, como no desporto, sou adepto da serenidade, da tranquilidade e da ética nos comportamentos», acrescentando que não pode apoiar comportamentos que procurem outros caminhos.
Já Vítor Pereira recordou que os árbitros podem mesmo parar na 26.ª jornada.
«A possibilidade de greve não está posta de parte se continuar a estar em perigo a segurança dos árbitros e das suas famílias, e se continuarem as declarações que põem em causa a honra e dignidade dos árbitros.»
Outro tema em debate foi a crescente utilização de estrangeiros em detrimento de jogadores portugueses. Também sobre este tema, José Luís Arnaut recordou que são necessárias mudanças:
«O jogador português está desprotegido e desfavorecido em relação aos jogadores estrangeiros, e o governo quer implantar uma série de medidas e incentivos para que os clubes cumpram a sua missão, que passa pela formação. Os jogadores nacionais não podem ser objeto de qualquer discriminação relativamente a jogadores estrangeiros», sublinhou.
Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, sublinhou a necessidade de passar à ação.
«Já chega de palavras e temos de passar das palavras aos atos, ser consequentes. Espero que a constituição das equipas B ajude a efetivar os apelos que têm sido feitos para uma maior atenção e cuidados com os jogadores portugueses.»
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