A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol preocupados com o aumento do número de agressões a árbitros no futebol e no futsal. A APAF esteve reunida esta terça-feira com os núcleos de árbitros espalhados pelo país e, no final da reunião, pediram o regresso do policiamento obrigatório nos jogos de futsal e futebol.
"Os árbitros estão mais desprotegidos. Isso tem vindo a agravar-se desde que deixou de ser obrigatório o policiamento. A APAF sempre defendeu o policiamento obrigatório e vamos continuar a defender. Queremos fazer mais. É uma necessidade, porque nunca se fez um trabalho a jusante na mudança da mentalidade dos dirigentes, jogadores e pais. Atualmente, com as mentalidades que temos, é de todo inseguro fazer um jogo", afirmou Luciano Gonçalves, líder da APAF, em declarações ao jornal ´Record`.
Esta época já se registou quase 40 casos de agressões a árbitros. Um cenário "alarmante" que levou a classe a reunir-se para tomar medidas. Para Luciano Gonçalves, os árbitros portugueses "muitas vezes não se sentem seguros e esse é um problema". Apesar das ameaças, o líder da APAF afasta um cenário de greve.
"O principal objetivo era ouvir os nossos sócios, para que possamos ter um conhecimento mais aprofundado do que está realmente a acontecer. As agressões duplicaram esta época e com maior gravidade. Queremos analisar todas as opções para tentar de uma vez por todas acabar com este clima. Quando as coisas correm menos bem, todos os cenários são possíveis, mas, como a APAF e os árbitros têm defendido, jamais queremos ser um problema para o futebol em Portugal. Estamos dispostos a colaborar. Queremos desenvolver o futebol", frisou, em declarações ao ´Record`.
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