Nani concedeu uma entrevista ao prestigiado jornal inglês The Guardian, abordando não só a possibilidade de um regresso ao Manchester United no final da temporada mas também o momento do golo apontado ao Gil Vicente. O extremo português, que ficou em lágrimas depois de apontar o golo da jornada, explicou que esse golo despoletou pensamentos sobre "coisas pessoais, das quais ninguém sabe" e revelou que atuou com dores na perna.
"Vinha de uma semana particularmente difícil e, por isso, era difícil estar ao meu melhor nível. Estava a sentir dores na perna, mas queria ajudar a equipa. No jogo anterior, frente ao Wolfsburgo [derrota do Sporting por 0-2], não consegui estar ao meu melhor nível. No final queria ter feito mais. Preparei-me da melhor maneira para melhorar e, depois do golo, agradeci a Deus", explicou o internacional português.
Segundo o próprio revelou, os responsáveis do Manchester United demonstraram que estão muito atentos às suas exibições. "Recebi várias mensagens do Ed Woodward [Vice-presidente executivo do Manchester United], dando-me os parabéns pelo golo e pela boa temporada que estou a realizar", referiu.
O extremo mantém a ideia de que o regresso a Alvalade era a solução ideal para relançar a carreira, mas mantém em aberto a hipótese de voltar a jogar com a camisola dos "red devils" na próxima época.
"Eu amo o Manchester United. Tomei a decisão de sair para voltar a jogar com regularidade e, no fundo, para voltar a ser eu, porque perdi muito na última época devido a lesões e à mudança de treinador. O novo treinador não me conhecia bem e várias coisas mudaram. Precisava de jogar com regularidade para voltar a ser feliz", explicou, acrescentando mais tarde: "Nunca se sabe o que o futuro nos reserva. Depende uma de uma série de coisa. Se o Manchester United me quiser, então com uma mentalidade diferente podemos funcionar bem na próxima época, mas há vários assuntos para discutir".
Nani aproveitou ainda para comentar o momento de forma do Manchester United, clube detentor do seu passe: "Não estou surpreendido com a performance do Manchester porque é normal que muitas coisas mudem. Comparando com a última temporada, jogávamos num sistema diferente. Costumávamos jogar um futebol bastante ofensivo e marcar muitos golos. Agora somos mais compactos e organizados, mas não marcamos tantos golos".
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