Vindo de uma derrota com o Sporting, o FC Porto recebe domingo, a partir das 15h30, o Farense, último classificado, ainda sem pontos, em partida da 5.ª jornada da I Liga 24/25. Vítor Bruno, treinador dos dragões, fez a antevisão à partida e falou de outros temas da atualidade do clube.

O que espera do Farense, último classificado: "Equipas com poucos pontos são imprevisíveis. Já tive desse lado com equipas desse tipo de contexto. Vão buscar a crença e é preciso estarmos alerta. Temos de identificar a melhor forma de atacar porque pode oferecer algumas dúvidas. Temos de estar ligados ao que somos e altamente vinculados com o desejo de vencer. Vai ter de ser o mote para amanhã. Teremos de ser nós a dar passos em frente."

Jogo a meio da tarde: "É apelativo. Recordo-me de ter sido acompanhado em Coimbra a jogos da Académica num estádio que estava cheio. O futebol tem ser o catalizador da família. A vitória tem obrigatoriamente de acontecer."

Reagir à derrota em Alvalade: "Após uma derrota, a nossa vontade é atacar o próximo jogo de forma imediata. Nós implementamos uma regra aqui dentro: não entramos em agonia por mais de 24 horas. Acredito muito na energia e sinergias criadas. Só através dessa energia. As primeiras 24 horas foram duras, foram agonizantes, isso não se perdeu, está sempre cá guardado, nós não esquecemos. Mas estamos totalmente vinculados ao trabalho diário. A agonia pelo resultado de Alvalade durou 24 horas, depois fizemos mira ao trabalho para preparar o Farense, como alvo o que é o nosso jogar. Essa foi a grande preocupação".

Jogo preparado sem os jogadores internacionais: "É o que é. É um fator incontrolável. Vai ser alvo de debate, tenho a certeza absoluta. Estamos a falar de um ano suis generis. Com Mundial de clubes, seleções... Jogadores que consigam casar seleção e Mundial de clubes podem chegar aos 100 jogos numa época, que me parece absurdo, sem qualquer sentido e desprovido de qualquer nexo lógico."

Lesão de Fábio Vieira: "Preocupante não será. Envolverá alguns dias, não muitos. Está a ser reavaliado diariamente e tem dado uma resposta fantástica e está super comprometido com a equipa. Ele tem aquele traço de genialidade que vocês conhecem. Também é genial no teto dele, na forma de funcionar, está a adaptar-se muito bem, traz uma energia boa. Vai regressar dentro em breve. São 10, oito ou 15 dias. Vamos ver. Espero que seja o mais rapidamente possível".

Reforços apontados ao onze: "Não nego que quem ficou cá estas duas semanas connosco estará claramente mais preparado para dar uma resposta amanhã, do que quem esteve fora. É olhar para o momento. Alguns jogadores do passado que quando vão às seleções regressam e recuperam rapidamente. Outros, tudo é novidade e tem de fazer o percurso para se ligar à equipa. As decisões estão praticamente tomadas. Não as vou dizer aqui".

Galeno acabou por ficar, apesar de ter tudo certo para sair: "Tem sido um profissional de excelência, com uma aceitação brutal mesmo estando numa zona mais recuada no campo. Não vou negar que tem algum impacto, estamos a falar de uma questão financeira que qualquer jogador procura. Sempre com a noção de que representa um grande clube. Fez-lhe bem ter ficado aqui, não ter ido à seleção foi bom. E o casamento dele dá-lhe estabilidade. O Galeno é muito fiel aos valores, muito satisfeitos com ele e com o que pode dar."

O plantel às suas ordens: "Faço o meu trabalho com base em convicções. Sempre a defender a questão desportiva do clube. Se é com gente que vem de fora, se é com gente que tem vários anos são os que estão mais habilitados no momento. Nem os meus pensamentos consigo controlar. Lido bem com as críticas. Depende do que os jogadores me dão. Sou fiel ao trabalho e pouco tolerante à falta de compromisso."

Muita juventude no plantel: "A exigência é boa, gosto de gente exigente e apaixonada como são os adeptos. Gosto que os jogadores se comprometam com o jogo e treino. A idade, religião e cor tem pouco valor. Terão de fazer pela vida para lutar pelos lugares. Cabe-me a mim decidir."