O Belenenses SAD conseguiu a manutenção na I Liga portuguesa de futebol, objetivo delineado desde o início, mas só consumado perto do fim, após uma época algo conturbada, com três treinadores.
Silas transitou do ano anterior para comandar os lisboetas, mas por pouco tempo, pois saiu ao fim de quatro jornadas, sem vitórias e golos marcados, e longe do nível exibido na temporada 2018/19, concluída num tranquilo nono lugar.
Para o lugar de Silas, que viria a ingressar no Sporting, ‘saltou’ Pedro Ribeiro, então técnico da equipa sub-23: estreou-se com a primeira vitória da época (3-1 ao Marítimo), mas não conseguiu dar seguimento a esse resultado.
Os ‘desempregados’ Silvestre Varela e Marco Matias chegaram em outubro e aumentaram a experiência do plantel, assente em jogadores como Nuno Coelho, André Santos ou Licá (melhor marcador da equipa, com sete golos), equilibrada com uma forte aposta na juventude, com Nilton Varela a ser o maior exemplo.
Apesar das vitórias caseiras com Desportivo das Aves e Paços de Ferreira, bem como um empate na receção ao FC Porto, nunca houve consistência nos ‘azuis’, que sofreram derrotas pesadas em Guimarães (0-5) e na receção ao Sporting de Braga (1-7).
A seguir ao duelo com os ‘dragões’, a equipa averbou quatro derrotas consecutivas, o que levou à saída de Pedro Ribeiro e ao pedido de ‘socorro’ da administração a Petit, que enfrentou três desaires nos primeiros quatro jogos.
O Belenenses SAD acabou, porém, por entrar ‘nos eixos’ e resistiu seis jogos seguidos sem perder, divididos pela pandemia de covid-19, que ‘parou’ a competição na altura de maior fulgor dos ‘azuis’, mesmo com um boletim clínico muito preenchido.
Os lisboetas cumpriam a segunda temporada no Estádio Nacional, em Oeiras, ‘casa emprestada’ após o litígio entre clube e SAD, mas o surto do novo coronavírus ‘obrigou’ os lisboetas a retomar a prova enquanto visitados na ‘vizinha’ Cidade do Futebol.
A 10 pontos dos lugares de despromoção, um triunfo a abrir parecia indicar estabilidade, mas uma sequência de sete jogos seguidos sem vencer, incluindo um 0-5 no Dragão, aliada à recuperação do Portimonense, ‘atirou’ a equipa para a zona ‘perigosa’.
O objetivo acabou por ser cumprido na 33.ª e penúltima ronda, graças a um triunfo por 1-0 perante o Gil Vicente, com o Belenenses SAD a acabar no 15.º posto, com a segunda pior defesa da prova (54 golos sofridos).
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