Titular em apenas 19 ocasiões, das 32 vezes em que foi utilizado, o avançado ‘canarinho’, de 25 anos, sucedeu na lista dos ‘artilheiros’ aos também benfiquistas Jonas (34 golos, em 2017/18) e Seferovic (23, em 2018/19).

No total, o Benfica passa a ter 30 troféus - contra 25 do FC Porto e 21 do Sporting -, a maioria arrebatados pelo ‘rei’ Eusébio da Silva Ferreira, único jogador com sete troféus (1963/64, 1964/65, 1965/66, 1966/67, 1967/68, 1969/70 e 1972/73).

No que respeita a jogadores brasileiros, ‘Vinigol’ é o 10.º a ser ‘coroado’, para um total de 17 prémios, cinco arrebatados por Mário Jardel, quatro ao serviço do FC Porto (1996/97, 1997/98, 1998/99 e 1999/00) e um pelo Sporting (2001/02).

A acompanhar o brasileiro, no pódio, ficou outro benfiquista, o médio Pizzi, que marcou 18 golos e fez 14 assistências, incluindo a que deu o 19.º tento a Vinícius, aos 88 minutos do dérbi com o Sporting, da 34.ª e última jornada.

O iraniano Mehdi Taremi, jogador do Rio Ave, foi o outro jogador a acabar a prova com 18 golos, 12 dos quais na segunda metade da época, contribuindo decisivamente para o apuramento do ‘onze’ de Carlos Carvalhal para a Liga Europa.

Num só jogo, destaque, pela negativa, para o facto de a edição 2019/20 só ter registado quatro ‘hat-tricks’, de Vinícius (4-0 ao Marítimo), Taremi (5-1 ao Desportivo das Aves), do portista Zé Luís (4-0 ao Vitória de Setúbal) e do bracarense Paulinho (5-1 em Paços de Ferreira), que marcou 14 tentos.

Em matéria de ‘bis’, também ‘reinou’ Vinícius, com quatro (4-0 ao Portimonense, 4-1 no Bessa, 2-3 no Dragão e 3-4 com o Santa Clara), contra três de Pizzi e Taremi.

O ‘rei’ das grandes penalidades foi, por seu lado, o lateral esquerdo brasileiro Alex Telles, do FC Porto, que concretizou oito, contra sete de Taremi, seis de Fábio Martins (Famalicão) e cinco de Pizzi.

No que ao coletivo diz respeito, o FC Porto foi o clube que mais contribuiu para o total, ao somar 74, muito graças à pontaria demonstrada na parte final da prova, nomeadamente em casa (4-0 ao Boavista, 5-0 ao Belenenses SAD 6-1 ao Moreirense).

Os ‘dragões’ contabilizaram mais três golos do que o Benfica, que a meio somava mais sete, e 13 face ao Sporting de Braga, que conseguiu o último lugar do pódio dos marcadores.

Marega, com 12 golos, Alex Telles, com 11, e Soares, com 10, foram os melhores marcadores do conjunto comandado por Sérgio Conceição, que ficou muito longe do avassalador ataque do Benfica de 2018/19, cifrado em históricos 103 tentos.

O Sporting, com apenas 49 golos, o seu pior registo desde os 36 de 2012/13 - época que acabou no sétimo lugar -, apresentou apenas o sexto melhor ataque, também batido por Famalicão e Vitória de Guimarães, ambos com 53.

Pela negativa, destaque para o Desportivo das Aves, que fechou a primeira volta com 19 tentos, o nono melhor ataque, e só conseguiu ‘míseros’ cinco na segunda, para um total de 24, que lhe conferiu o ataque menos concretizador da competição.

No que respeita ao total de golos, os 763 igualam o registo de 2014/15, época do regresso do campeonato a 18 equipas, à média de 2,49 por encontro, e superam os 728 de 2016/17.

O registo de 2019/20 fica, porém, muito aquém dos 831 de 2015/16, que é o recorde em campeonatos com 34 jornadas, e também dos 826 das duas últimas temporadas.

Contabilizando todos os 22 campeonatos 18 (1989/90, 1991/92 a 2005/06 e desde 2014/15), os 763 ficam na parte de cima da tabela, no 10.º lugar.

Como é tradição, as segundas partes renderam muito mais golos do que as primeiras (420 contra 343) e as equipas da casa, mesmo sem o apoio do público nas últimas 10 rondas, por culpa da pandemia da covid-19, também se superiorizaram (412 contra 351).

Numa prova com 29 autogolos e 90 golos de grande penalidade, os portugueses bateram os brasileiros por apenas dois tentos (255 contra 253), mas os ‘canarinhos’ triunfam por um juntando os tentos na própria baliza (264 contra 263).