Há dias assim. Para além da qualidade individual das duas equipas há que contar com dois fatores importantes: A sorte e os pequenos pormenores que definem os clássicos.
O Sporting entrou afirmativo. As deambulações de Gelson começaram a ver-se cedo no relvado da Luz. O extremo foi o primeiro a testar a atenção de Ederson. Pouco depois, Bryan Ruiz num cabeceamento foi o primeiro a dar calafrios à defesa encarnada. De seguida foi Bas Dost, depois de um cruzamento de Bruno César a pentear a bola para as mãos do keeper brasileiro.
Um pouco contra a corrente foi o Benfica a marcar. Ao minuto 26, depois de uma jogada de Rafa pela esquerda, o extremo fez um grande cruzamento de trivela, aparecendo Salvio ao segundo poste a emendar para o fundo da baliza.
No minuto anterior, o Sporting tinha protestado uma pretensa grande penalidade, por mão de um jogador do Benfica na área, mas na sequência do lance os encarnados chegaram ao golo.
Como acontece com quase todas as equipas, o Sporting sentiu o golo e recuou. O Benfica pelo contrário, carregado pelos seus adeptos, aparecia mais confiante com a bola nos pés.
Aos 40 minutos, o Sporting podia, porém, ter chegado ao empate. Depois de um cruzamento de Bruno César, a bola sobrou limpinha para William que atirou ao lado.
Em cima dos 45 minutos, Raul Jimenez podia ter dilatado a vantagem. Depois de um corte defeituoso de Ruiz, o mexicano apareceu na cara de Rui Patrício, mas o guardião do leões fez a defesa da noite.
No início da segunda parte, mais um pormenor que fez toda a diferença: O Sporting atirou uma bola ao poste, depois de uma remate de Bas Dost. Praticamente no lance a seguir o Benfica fez o 2-0. Cruzamento de Nélson Semedo e Jiménez dentro da área a antecipar-se e a cabecear para o fundo da baliza de Rui Patrício.
O jogo parecia perdido para os leões, mas a equipa de Jorge Jesus foi com garra à procura do empate.
Começou por criar duas excelentes chances para reduzir, primeiro por William e depois por Bas Dost. Ederson brilhou nesses dois lances.
Mas o Sporting acabou por marcar. E diga-se, com justiça. Bas Dost cabeceou para o fundo das redes depois de uma grande jogada de Campbell (entrado na segunda parte para o lugar de Bruno César).
Jesus ainda tentou refrescar o ataque com a entrada de André para o lugar de Bas Dost, mas o resultado manteve-se até ao final.
O Benfica acaba por vencer a partida, porque foi a equipa mais eficaz. O Sporting demonstrou falta de eficácia, já que criou inúmeras ocasiões para fazer golo.
Com este triunfo, o Benfica reforçou a liderança no campeonato. Já o Sporting marcou passo na luta pelo título e caiu para o terceiro lugar.
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