O Benfica considerou hoje que as diligências efetuadas esta manhã pelo Ministério Público no Estádio da Luz, no âmbito das acusações de influência no futebol através de emails feitas pelo FC Porto, pecam por tardias.
Em comunicado, a SAD ‘encarnada’ confirma as investigações no Estádio da Luz, em Lisboa, acrescentando que as mesmas ocorreram meia hora depois de noticiadas pela comunicação social.
“Estas operações, que pecam por tardias, são encaradas com a maior normalidade pela Sport Lisboa e Benfica SAD, que desde o primeiro momento requereu e disponibilizou-se a fornecer toda a informação necessária a um cabal esclarecimento de toda esta situação, reiterando a sua total colaboração ativa nos trabalhos que estão em curso para o apuramento da verdade”, refere o clube.
O FC Porto, através do seu diretor de comunicação, Francisco J. Marques, acusou o Benfica de influenciar o setor da arbitragem, tendo apresentado alegadas mensagens de correio eletrónico de responsáveis ‘encarnados’, nomeadamente de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira.
Entre outras situações, o responsável dos ‘dragões’ revelou também a alegada partilha de mensagens de telemóvel do atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, na altura em que presidiu à Liga de clubes, entre o diretor de conteúdos da BTV, Pedro Guerra, e o ex-presidente da Assembleia-Geral da Liga Carlos Deus Pereira.
“A Sport Lisboa e Benfica SAD reforça o seu apelo a uma rápida e urgente investigação para defesa do seu bom-nome, responsabilização de quem sistematicamente tem cometido diversos crimes e no sentido da normalização institucional do futebol português. Aliás, a Sport Lisboa e Benfica SAD aguarda que sejam investigados os autores materiais da violação do seu sistema informático, o que, apesar de reiteradamente solicitado, ainda não foi executado”, conclui o clube.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) deu conta da emissão de mandados de busca domiciliária e não domiciliária, no âmbito de uma investigação em curso pelos crimes de corrupção passiva e ativa, por parte da nona secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
"No inquérito investiga-se a prática, por parte de um suspeito, dos referidos crimes, relacionados com os denominados emails do Benfica. A operação encontra-se em curso, contando com a presença de quatro magistrados do Ministério Público, dois juízes de instrução e 28 elementos da PJ, incluindo inspetores e peritos financeiros e contabilísticos e informáticos", lê-se no comunicado da PGDL.
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