O Benfica comentou, esta sexta-feira, as buscas da Polícia Judiciária às SAD' s de FC Porto e Portimonense, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de falsificação de testes de COVID-19 no futebol.

Em entrevista à BTV, Rui Passo, um dos vice-presidentes do clube Encarnado, considera que "é fundamental que haja transparência e se perceba se houve alguma fraude"!

"É um tema muito sério, de saúde pública. Pareceu-me que um ou outro comentário tirou relevância ao tema, mas é fundamental que se investigue. É fundamental que haja transparência e se perceba se houve alguma fraude. Mas também é fundamental que se considere a presunção de inocência enquanto não há conclusões. É um tema desagradável para se terminar a época, mas é preciso investigar", explicou na Benfica TV.

O Ministério Público explicou, em comunicado, que "na origem desta investigação está uma viagem de avião, para o estrangeiro, realizada por jogador de futebol profissional alegadamente infetado com COVID-19".

"Um ato atuação suscetível de configurar a prática de crime de propagação de doença, alteração de análise ou de receituário, previsto e punido com pena de prisão de um a oito anos", pode-se ler no comunicado.

O FC Porto confirmou, em comunicado, de que foi alvo de "buscas no âmbito da investigação ao resultado de um teste à Covid-19" realizado por um jogador. O clube escreve que "como sempre", colaborou com a Justiça na recolha de todos os elementos solicitados para a investigação em curso.

Não há, porém, qualquer indicação sobre o jogador em causa, embora o Jornal de Notícias esteja a avançar tratar-se do japonês Nakajima. O japonês foi emprestado pelo FC Porto, no início deste ano, ao Al-Ain, dos Emirados Árabes Unidos.

Ao início do dia de quinta-feira, alguns órgãos de comunicação avançaram que as buscas tinham a ver com negócios entre o FC Porto e o Portimonense, numa operação que visaria alegada corrupção desportiva, fraude fiscal e branqueamento de capitais, algo negado pelos Dragões.

Num comunicado partilhado nas suas plataformas digitais, os Dragões criticaram a "inaceitável intoxicação da opinião pública" e questionam "o próprio aparelho judicial que não consegue evitar que as televisões cheguem antes dos seus próprios agentes aos locais de investigação".