O Benfica apresentou o relatório e contas relativo ao primeiro semestre de 2019/20, que fechou com um resultado líquido de 104,2 milhões de euros. Este valor representa "uma melhoria em relação aos 14,1 ME registados na temporada anterior", no que foi descrito como "o melhor desempenho de sempre" da SAD 'encarnada'.

"Estes resultados representam o melhor desempenho de sempre da Sociedade, os quais estão significativamente influenciados pela alienação dos direitos do jogador João Félix por um montante de 126 ME, a qual, após dedução dos encargos com a antecipação dos valores recebidos relativos a prestações futuras, dos gastos com serviços de intermediação e do valor líquido contabilístico do direito do atleta à data da alienação, gerou uma mais-valia de 108,2 ME", pode ler-se no relatório.

No entanto, aquela SAD encara a alienação dos direitos de João Félix "como um facto extraordinário, que não deve ser acompanhado por um significativo incremento dos gastos operacionais ou pela criação de compromissos futuros que não são sustentáveis para a realidade económica em Portugal", e acrescenta: "Este facto extraordinário deverá ser principalmente utilizado para resolver questões estruturantes, como são os casos dos investimentos na aquisição de atletas, a melhoria de infraestruturas desportivas e a redução da dívida financeira contratualizada."

Para além da venda de João Félix, o Benfica informa ter vendido André Carrillo por 8,3 milhões de euros, Salvio ao Boca Juniors por 6,8 milhões de euros e Lisandro López, também ao emblema argentino, por 3 milhões. Em relação a estes três jogadores, as 'águias' encaixaram um total de 18,1 milhões de euros.

No que a aquisições diz respeito, o clube da Luz adianta ter pago 7,5 milhões de euros por 85% do passe do defesa central Morato, numa verba que "engloba a aquisição dos referidos direitos e os encargos com serviços de intermediação".

O relatório fala ainda da aquisição da totalidade do passe de Chiquinho por uma verba global de 5,25 milhões de euros (as águias tinham 50%), e confirma as verbas adiantadas oportunamente em relação às contratações de Raúl de Tomás e Carlos Vinícius, por 20 e 17 milhões, respetivamente.