O Boavista ambiciona "fazer uma época mais tranquila que a anterior", disse o seu presidente, João Loureiro, em entrevista recente ao sítio dos ‘axadrezados’ na Internet, reafirmando ainda que as portas continuam abertas para um investidor.
"Quanto mais solidificada estiver a situação do clube e da SAD, naturalmente mais possibilidades haverá para aparecerem grupos credíveis interessados em fazerem parcerias. Esse será o passo seguinte, no qual trabalharemos de imediato", salientou o líder do clube portuense.
As restrições financeiras continuam a fazer parte do quotidiano do Boavista (clube e SAD), que no final do ano passado tinha ainda um passivo de cerca de 50 milhões de euros, de acordo com o que declarou então João Loureiro quando se recandidatou a um novo mandato.
A situação melhorou com o contrato assinado com a operadora Meo para a venda dos seus direitos televisivos das três próximas épocas por 13,5 milhões de euros, que João Loureiro anunciou em 29 de julho.
O negócio vai permitir manter "uma trajetória de crescimento sustentado e dar outra estabilidade económica" a partir deste mês a um clube que, mais uma vez, vai lutar para não descer de divisão.
Apesar disso, o Boavista parte para a nova época com um orçamento similar ao da anterior, cerca de dois milhões de euros, o mesmo treinador, o boliviano Erwin Sanchez, e um objetivo igual, a permanência.
Os axadrezados estreiam-se na I Liga 2016/17 com a receção ao europeu Arouca, no domingo, e o técnico também disse que o objetivo, desta vez, é fazer "mais um bocadinho" do que na época anterior, em que a manutenção chegou só a duas jornadas do fim.
Sanchez recebeu 12 reforços, mas perdeu, entre outros, o defesa central Paulo Vinicius (Apollon Limassol), o lateral esquerdo Afonso Figueiredo (Rennes), o médio ofensivo Ruben Ribeiro (Rio Ave), o médio Aymen Tahar, e o avançado Zé Manuel (FC Porto), todos eles muito utilizados na temporada passada.
O treinador boliviano quer pelo menos mais dois jogadores. "Temos três centrais para já, dois com perfil direito e um com perfil esquerdo e andamos à procura de um central com perfil esquerdo, que jogue mais por esse lado, e um médio" para a posição dez, de apoio aos avançados e também capaz de fazer golos, explicou.
Na entrevista que deu ao sítio boavisteiro, posterior às afirmações de Erwin Sanchez, João Loureiro, explicou que "a ideia" foi tentar ter um grupo "11 com jogadores que pudessem dar garantias, mais um número de jogadores que possam ser boas alternativas ao onze titular, complementado com alguns jovens provenientes de escalões inferiores".
O dirigente acrescentou que o Boavista vai avançar para a contratação de um avançado "que claramente possa ser um potencial titular".
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