A candidatura de Bruno de Carvalho à presidência do Sporting qualificou hoje o pedido de esclarecimento da candidatura de Godinho Lopes à embaixada russa sobre o seu fundo de jogadores como «uma tentativa de desinformação e descredibilização».

Numa nota enviada à agência Lusa, a candidatura de Bruno de Carvalho esclarece que o comunicado da embaixada russa resultou «não da entrevista de Bruno de Carvalho ao Diário de Notícias», na qual afirmou que o fundo «tinha tido o apoio do Governo russo», mas sim de afirmações do principal investidor, Leonid Tigatshev, ao jornal Record, nas quais este revela «ter recebido a aprovação do vice-presidente Aleksander Zhukov para avançar com o fundo».

A Embaixada da Rússia em Portugal disse hoje «não ter nenhuma informação» sobre o eventual «apoio do Governo russo ao acordo entre o candidato Bruno de Carvalho e os investidores russos» que financiam o fundo de jogadores e que tal acordo «resultou de uma iniciativa privada dos investidores russos».

Esta posição da embaixada russa surgiu em resposta a um pedido de esclarecimento solicitado pela candidatura de Godinho Lopes sobre declarações de Bruno de Carvalho insertas numa entrevista deste ao Diário de Notícias, na qual afirma que os investidores russos do seu fundo de jogadores de 50 milhões de euros «são pessoas muito influentes a nível governamental, empresarial e desportivo na Rússia» e que o acordo que celebrou com eles «teve o apoio do Governo russo».

A candidatura de Bruno de Carvalho refere, ainda, que a Embaixada russa «não tem de ter conhecimento de assuntos relacionados com investimentos privados, independentemente de ter havido aprovação aos mesmos por parte do vice-presidente russo Aleksander Zhukov».

Faz notar, ainda, que no comunicado da embaixada russa pode ler-se que o fundo em questão resulta da iniciativa privada, «tal como foi afirmado por Bruno de Carvalho», que sempre se referiu ao fundo como sendo «de natureza fechada e reservado a investidores particulares».

Em conclusão, acusa a candidatura de Godinho Lopes de «vazio de ideias e de soluções financeiras para o futuro do Sporting», razão pela qual recorre «a tentativas de descredibilização das ideias, projectos e soluções da candidatura de Bruno de Carvalho».

Esta relembra que Godinho Lopes começou por afirmar que «não havia fundo», depois que este «não era credível» assim que foram apresentados os investidores, e agora que «foi provada a credibilidade e influência» destes, recorre «a não notícias e desinformações, tentando lançar equívocos sobre uma questão assente, clara e real».

Finalmente, reitera que o fundo «é credível e que será uma realidade a partir de 26 de Março (data das eleições do Sporting) num cenário de vitória de Bruno de Carvalho».