Bruno de Carvalho esteve esta quinta-feira na Assembleia da República para uma sessão de esclarecimento com o núcleo sportinguista. À saída, o ex-presidente dos 'leões' deixado fortes críticas à Comissão de Fiscalização.

"A Comissão de Fiscalização tem alguns predicados nos estatutos que não cumpre: não é isenta, não é verdade que se esteja a socorrer dos regulamentos de fevereiro. Vários artigos dos estatutos foram alterados para que o regulamento disciplinar pudesse ser realidade. Não é o facto de ser um documento distinto que lhe dá corpo. Por culpa da ex-mesa os estatutos foram há poucos dias colocados no conservatório. O regulamento não existe. A casa não se faz do telhado para baixo. Se os estatutos não estão em vigor a não ser há alguns dias atrás...", afirmou Bruno de Carvalho, citado pelo jornal O Jogo.

"Esta Comissão de Fiscalização não cumpre os estatutos, não é isenta, imparcial. Não é legal, não cumpre os estatutos. O regulamento só esta em vigor há poucos dias e o processo tem mais de um mês. Não tenho interesse no que dizem", acrescentou.

"A recetividade é grande e visível, as pessoas querem esta recandidatura. São cinco anos de trabalho e obra feita, de amor e dedicação ao Sporting. Queremos seguir em frente, aprendendo com o que fizemos de bem e de menos bem. Olhando também para os erros, e perante o que foi bem feito, é sempre mais importante para o Sporting continuar este trabalho e com o líder de um projeto que se tornou vencedor", vincou Bruno de Carvalho.

O ex-líder dos 'leões' disse ainda que, desde que assumiu a presidência, em 2013, o Sporting "conseguiu reconquistar muito terreno aos rivais".
"Sou alguém que apareceu no Sporting e que as pessoas não conheciam, mas que apresentou um programa de 120 medidas em 2011 (nas eleições perdidas para Godinho Lopes) e que as cumpriu todas. A vontade dos sportinguistas será sempre respeitada", referiu.

Esta quinta-feira, a Comissão de Fiscalização emitiu um comunicado no qual reiterou ter “a legitimidade sufragada por decisões judiciais sucessivas”, seguindo o regulamento disciplinar aprovado em 17 de fevereiro último, por iniciativa da anterior direção, presidida por Bruno de Carvalho.

A comissão adiantou ainda que estão "na fase final de averiguação" os processos disciplinares impostos aos elementos do Conselho Diretivo destituídos, entre os quais Bruno de Carvalho e Carlos Vieira, que pretendem candidatar-se à presidência do clube.