O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, garantiu este sábado em conferência de imprensa realizada em Alvalade que teria motivos para instaurar alguns processos disciplinares, mas diz que não o vai fazer porque compreende o momento delicado que o plantel está a passar.

"A maior parte dos jogadores nem percebe o que aconteceu. Todos são seres humanos, apesar destes serem minha família e meus ativos. Acompanhei de perto que um dos jogadores, que será do Sporting na próxima época, Raphinha, sofreram situações verdadeiramente criminosas na Academia do Vitória esta época. Como não era o Bruno de Carvalho, Portugal não se sentiu vexado. Há muito a fazer na lei da violência desportiva. É por isso que estamos a apresentar propostas e a contribuir com as nossas ideias. Os jogadores não têm culpa, não se aperceberam da dimensão, numa conversa comigo não me alertaram. Seria impossível imaginar tal ato bárbaro e descompensado com aquele", começou por dizer Bruno de Carvalho

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"Não quero acreditar, e já o disse a Joaquim Evangelista, que possa haver uma tentativa de rescisão por um ato que involuntariamente saiu dos próprios jogadores. Lamento ter que falar disto antes da final da Taça. Não merecem nada do que se tem passado, mas nós Sporting também. Aquilo não é o Sporting e nunca mais será o Sporting. Mas estar a deixar alimentar esta campanha de terror, não só para me tentar imputar como autor, mas todo o silêncio que verifico sobre o assunto, dos jogadores que não me querem no banco…", acrescentou.

"Tenho pena, porque volto a dizer que somos uma família. Muitas vezes me coloquei à frente de centenas de adeptos, em Chaves e Portimão, para que nada acontecesse, protegendo os meus jogadores, dizendo que se alguém teria culpa era eu. Se quisessem fazer algo era a mim. Este silêncio tem sido ensurdecedor, lamento que se deixe cavalgar uma onda de pânico sobre os sportinguistas e sobre mim e todos os presentes. Teríamos, e não iremos fazê-lo, porque achamos que não é o caminho, mas teríamos motivos para alguns processos disciplinares perante o que aconteceu. Um crime daqueles, daquela magnitude, não merece que façamos isso. Mas não me venham falar de rescisões", finalizou o dirigente.