Bruno de Carvalho discursa neste momento durante a Assembleia Geral do Sporting, que está a decorrer no Pavilhão João Rocha. "Porque vou votar não a tudo" é o título do discurso.
"Queria pedir a todos que as pessoas têm de ter a noção, são livres de votar, por isso era bom que o sócio que votou, agradecia que não continuassem com esses comentários. É livre de sua consciência. Agradecia também, porque esta AG é muito importante para nós, mas para mim em particular, que as pessoas que se vão inscrevendo o possam fazer, para que todos oiçam esta intervenção", disse o presidente do Sporting, em declarações reproduzidas pelo jornal Record.
"Vou votar não a tudo. Porque desde 3 de fevereiro apenas vi uma questão sobre um artigo dos estatutos. É evidente que não existem dúvidas. Tudo o que tenho lido são chavões, como pidesco, lei da rolha", continuou.
Bruno de Carvalho criticou os sócios e jornalistas que foram convocados para uma sessão de esclarecimento e não compareceram. "41 dos sportinguistas convocados mostraram porque é que eles ficam em casa. Preferem a guerra ao estilo terrorista, de ataque pelas costas, com o objetivo de injuriar e criar uma imagem deturpada do presidente", referiu.
"O segundo grupo foi de jornalistas e comentadores, uns porque funcionam ao estilo do primeiro grupo, outros pelo seu profissionalismo. 33 dos 39 ficaram em casa. É um claro sinal de que muitos órgãos de Comunicação Social querem desinformar. Apenas seis fizeram o seu papel e desses apenas um tinham uma dúvida sobre um artigo dos estatutos. Ficou claro que não sou eu que retiro o foco dos assuntos graves, como os vouchers, o caso dos emails ou os jogos para perder. Ficou claro nestas duas sessões", acrescentou.
De seguida, o líder dos 'leões' atacou aqueles que têm vindo a criticar o estilo de Bruno de Carvalho.
José Roquette, antigo presidente do Sporting: "Roquette diz que sou populista e o Trump do futebol português. Um homem que representa tudo o que há de errado neste país. Este senhor nem a cultura geral tem para saber o significado da palavra populista. Populista é aquele que pratica práticas políticas no estabelecer de uma relação entre as massas e a liderança. Um líder carismático. Sou esse líder, que se afastou das elites e dos grupos e grupinhos."
Pedro Madeira Rodrigues, antigo candidato à presidência do Sporting: "Madeira Rodrigues fugiu de Portugal mas já fez mais intervenções desde dia 3 do que fez na campanha eleitoral Nos últimos 20 anos ninguém ouviu falar deste senhor no universo sportinguista. Depois de se recusar a pagar aquilo que disse que pagava mas não pagava, este senhor tem a seguinte declaração: a honestidade do presidente do Sporting fica em dúvida, numa carta que apenas fez chegar à comunicação social.
Rogério Alves, antigo presidente da mesa da Assembleia Geral: "Passou por várias direções. Diz que devo continuar mas que o meu timing foi péssimo, que o clube não precisa de um regulamento disciplinar. Que retirei o foco do nosso rival. Caros sócios, este sportinguista de mão cheia, não percebo por que não utiliza os seus conhecimentos para dizer: é vergonhoso o nosso clube não ter um regulamento disciplinar. Por que se quer manter como o D. Sebastião do nosso clube e não afirma de uma vez por todas que quer ser presidente do Sporting e que tudo fará para o conseguir?
Carlos Severino e Carlos Seixas: "Têm sido vedetas da TV e podem passar informações ao Correio da Manhã ou a Vieira. Merecem ser felizes e quem sabe, votando todos não, lá poderá Seixas trabalhar na Academia e Severino ser o diretor da Sporting TV. Todos temos o direito a ter ambições. É preciso é voltar ao tempo dos favores."
Marco Silva, antigo treinador do Sporting, também não escapou ao ataque do presidente do Sporting.
"[Rui Morgado] Deve poder continuar a fingir que não foi um email meu que o levou a pedir a demissão. O que ele andou a gritar pela tribuna sobre a gestão do seu Marco Silva, aquele que por minha influência foi despedido do Olympiacos, desceu de divisão uma equipa que gastou milhões e foi despedido do Watford. Esse Marco Silva que disse aos jornalistas que eu nunca o ia despedir do Sporting, mas que seria ele a fazer com que os sportinguistas me despedissem a mim", disse Bruno de Carvalho.
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